Jardim da Praça do Império: uma recuperação que mantém a tradição
Coube ao autarca lisboeta Carlos Moedas conduzir a comemoração desta terça-feira, servindo também de cicerone ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que visitou os jardins ali mesmo ao lado do Palácio de Belém, a sua residência oficial, e foi "atropelado" por inúmeros pedidos de grupos de estudantes e muitos turistas que visitavam aquela zona para uma fotografia com o Chefe de Estado.
A intervenção, desenvolvida pela câmara de Lisboa, teve em vista recuperar o conceito original deste histórico jardim através do projeto da arquiteta paisagista Cristina Castel-Branco, que também esteve presente na inauguração.
Para além da ampliação do jardim para Sul, entre as várias alterações que integraram a obra distingue-se o aumento da área verde - quer pelos "jardins de plantas", relacionados com o Mosteiro dos Jerónimos, quer pela plantação de novas árvores, que criam mais zonas de sombra. A eficiência hídrica e energética também foi tida em conta, no contexto das alterações climáticas.
No entanto, o grande destaque da inauguração foi a reinterpretação dos brasões das capitais de distrito e antigas províncias ultramarinas em calçada artística, substituindo os anteriores brasões florais. Sobre esta mudança, Marcelo referiu que a solução foi um compromisso, mantendo a tradição de forma mais sustentável e, consequentemente, enfatizando a calçada portuguesa, "admirada no mundo".
Construído em 1940, aquando da Exposição do Mundo Português, o Jardim da Praça do Império mantém até hoje o conceito do arquiteto Cottinelli Telmo.
Aprovada em 2016, a obra de requalificação teve início no final de 2020, envolvendo cerca de 900 mil euros. Marcelo acredita que a requalificação do jardim vai "projetar Lisboa no mundo e acolher o mundo" na capital.
texto editado por P.S.