IRA admite assassínio de guarda prisional 30 anos depois
O presidente do partido nacionalista Sinn Fein ("Nós Próprios"), Gerry Adams, expressou hoje o seu pesar pela morte de Brian Stack, após serem conhecidas revelações sobre o envolvimento do Exército Republicano Irlandês (IRA) na morte do guarda, assassinado a tiro a 25 de março de 1983, numa rua de Dublin.
O ataque deixou o guarda prisional paralisado, com graves lesões cerebrais, tendo acabado por falecer no hospital 18 meses depois, quando tinha 47 anos.
"Em nome de Sinn Fein quero expressar o meu pesar pelo assassínio de Brian. Espero que estes últimos acontecimentos ajudem a família a colocar um ponto final, que procuram há 30 anos", afirmou Adams.
O líder do antigo braço político da IRA disse que durante as últimas semanas dois dos três filhos do guarda prisional mantiveram contactos com ele e com um ex-comandante da IRA, a fim de apurar a verdade sobre o assassínio do seu pai.
Em comunicado hoje divulgado, o citado ex-comandante do IRA, cujo nome não vem referido, revelou que a morte de Brian Stack foi uma retaliação ao tratamento "brutal" a que os prisioneiros da organização eram sujeitos na prisão de Portlaoise, no centro da capital irlandesa.
A mesma fonte indicou que o assassínio de Brian Stack não foi aprovado pelo direção da organização, o conselho militar da IRA, motivo pelo qual a organização sempre negou a sua implicação no caso.
A família de Brian Stack disse hoje que o assumir de culpas por parte da IRA ajuda a sarar algumas feridas, mas lembrou que ainda restam muitas questões por resolver.