Ao abrigo da Lei de Imprensa n.º2/99, de 13 de janeiro, artigos 24.º, 25.º e 26.º, o DN recebeu dos autores do documento "Metas Curriculares - Ensino Básico - Matemática" (António Bivar, Carlos Grosso, Filipe Oliveira, Maria Clementina Timóteo) o Direito de Resposta a um comentário de Pedro Tadeu intilulado "Nuno Crato vai criar uma data de Génios", sobre as metas que os professores do ensino básico têm de cumprir, publicado na página 7, dia 3 de julho de 2012, que aqui reproduzimos: . [...]Com o objetivo de corrigir erros factuais e interpretações inadequadas [...[, a equipa de autores do documento "Metas Curriculares -Ensino Básico - Matemática" esclarece: . 1. O autor escreve: "Achei graça àquele que pede aos alunos do 6.º ano para partirem do algoritmo de Euclides para deduzirem o Teorema Fundamental da Aritmética." . É simplesmente falso que tal tarefa seja solicitada aos alunos. Apenas se pede aquilo que já é tradicionalmente lecionado no 2.º ciclo e que consta do programa. De facto, no item relativo ao Teorema Fundamental da Aritmética (página 39) pode ler-se: "Saber, dado um número natural superior a 1, que existe uma única sequência crescente em sentido lato de números primos cujo produto é igual a esse número, designar esta propriedade por "Teorema Fundamental da Aritmética" e decompor números naturais em produto de fatores primos." Como se vê, não há aqui qualquer referência ao algoritmo de Euclides. Aliás, neste descritor, ao contrário do que se passa em outros casos, apenas se pede ao aluno que conheça o resultado, sem se exigir uma justificação. De facto, na secção "Leitura das Metas Curriculares do 2.º ciclo" (página 30), indica-se qual a interpretação a dar aqui ao verbo "Saber": "Saber": Pretende-se que o aluno conheça o resultado, mas sem que lhe seja exigida qualquer justificação ou verificação concreta. É verdade que o algoritmo de Euclides permite provar o teorema fundamental da aritmética; aliás isso encontra-se referido na introdução dirigida aos professores, com o objetivo de clarificar a opção tomada de divisão por anos destes conteúdos. No entanto, não existe, obviamente, qualquer objetivo geral ou descritor que peça aos alunos uma tal demonstração. . 2. Relativamente às considerações tecidas pelo autor sobre alguns conteúdos geométricos do 1.º ciclo, remetemos também para a secção "Leitura das Metas Curriculares do 1.º ciclo", na página 3: "Identificar", "designar": O aluno deve utilizar corretamente a designação referida, não se exigindo, neste ciclo, que enuncie formalmente as definições indicadas, mas antes que reconheça os diferentes objetos e conceitos em exemplos concretos, desenhos, etc. "Reconhecer": Neste ciclo pretende-se que o aluno reconheça intuitivamente a veracidade do enunciado em causa em exemplos concretos. Em casos muito simples, poderá apresentar argumentos que envolvam outros resultados já estudados e que expliquem a validade do enunciado. Esperamos, naturalmente, nesta fase de consulta pública, receber críticas que resultem de uma leitura cuidada do documento e que nos possam ajudar a melhorá-lo..Nota de Pedro Tadeu: No documento citado na minha crónica lê-se, na página 29:" São igualmente estudadas potências de base racional positiva e expoente natural, sendo outros expoentes mais gerais introduzidos no 3.º ciclo e no Secundário. A abordagem destes conteúdos pretende oferecer aos alunos um primeiro contato com os métodos simbólicos próprios da Álgebra, que permitem deduzir e organizar um certo número de conhecimentos de forma sistemática. Finalmente, são apresentadas noções básicas de divisibilidade, explorando-se o Algoritmo de Euclides no 5.º ano e o Teorema Fundamental da Aritmética, que dele pode ser deduzido, no 6.º ano.". Fim de citação.