Infractores poderão frequentar cursos de eco-condução

Os condutores que pela prática de determinadas infracções ficarem impedidos de conduzir poderão vir a ser obrigados a frequentar cursos de eco-condução, revelou hoje o presidente do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT).
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"Dada a importância de uma condução económica e segura, prevê-se que as matérias da eco-condução passem a constar dos programas de formação e da avaliação dos condutores que, pela prática de determinadas infracções, ficarem impedidos de conduzir", disse Crisóstomo Teixeira na cerimónia de encerramento, em Lisboa, do seminário Eco-Condução: Economia, Segurança e Ambiente.

Coube ao presidente do IMTT, em nome da secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, discursar na cerimónia de encerramento do seminário.

Na intervenção foi ainda salientado o contributo do IMTT para "estimular a aquisição de conhecimento das técnicas de condução ecológica pelos profissionais do sector do ensino e da avaliação da condução automóvel".

O universo destes profissionais é de cerca de 5000 instrutores e de 150 examinadores em actividade nos centros de exame públicos e privados.

"O IMTT estabeleceu a inclusão das matérias da eco-condução nos programas da formação inicial e contínua destes profissionais, tendo em vista a que, num futuro próximo, se encontrem aptos a preparar e avaliar os candidatos a condutor nesta temática específica", referiu Crisóstomo Teixeira.

Neste âmbito - prosseguiu - prevê-se ainda "o desenvolvimento de simuladores de condução na formação prática de candidatos a condutor, bem como a disponobilização de apoio pedagógico na página electrónica do IMTT, projectos a serem desenvolvidos em parceria com a Universidade e centros de investigação".

No capítulo da sensibilização dos condutores, o IMTT, através da respectiva página electrónica, "tem procurado divulgar conselhos úteis e práticos, nomeadamente os que dizem respeito a uma condução mais ecológica e económica, no quadro de uma política de divulgação e transparência" que Crisóstomo Teixeira classificou de "fundamental".

O presidente do IMTT disse esperar que as "lições e experiências" partilhadas no seminário sobre eco-condução possam "contribuir para uma maior sensibilização dos condutores, dos profissionais e das empresas no que diz respeito à utilização mais regrada, segura e eficiente do automóvel e à adopção de comportamentos em defesa do Ambiente e da Qualidade de Vida nas cidades".

Sublinhou também que a eco-condução enquadra-se num conjunto de opções mais vasto tendentes à obtenção de maior eficácia energética nas deslocações de pessoas e bens e de promoção da mobilidade sustentável, apontando, nesse sentido, a importância da opção por transportes públicos em substituição do automóvel particular, a utilização partilhada de veículos ou a simples deslocação a pé ou de bicicleta nas deslocações de mais curta distância.

"Arriscaria dizer, por isso, que o melhor eco-condutor resistirá à utilização do seu automóvel próprio, preferindo sempre o transporte público. A eco-condução é também uma atitude para a vida, para a segurança, para a saúde, uma atitude para com os outros, pelo bem-estar das cidades e do planeta", observou.

O evento teve por objectivo estimular o sector rodoviário profissional, de mercadorias e de passageiros a adoptar práticas de eco-condução e incentivar esta vertente na formação dos seus motoristas pela apresentação de experiências concretas já em curso.

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