Incêndios: Vouzela pede apoio ao ICNF para resolver redução de fauna cinegética

O presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, pediu apoio ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) para solucionar a redução de fauna cinegética no concelho, provocada pelos incêndios de outubro do ano passado.
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"Preocupado com o impacto provocado pelos incêndios florestais de 15 de outubro de 2017 na fauna cinegética do concelho de Vouzela", no distrito de Viseu, o presidente do município "solicitou apoio para a resolução do problema" ao ICNF, anunciou a Câmara Municipal de Vouzela, distrito de Viseu, numa nota hoje enviada à agência Lusa.

Sublinhando que tem havido uma "redução brutal das espécies cinegéticas", Rui Ladeira pediu ao diretor do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Centro a intervenção do ICNF, desde logo, para que seja feita "uma avaliação técnica do impacto negativo verificado com este incêndio".

Além disso, defende também o autarca social-democrata, é necessário que o INCF faça uma "reposição imediata de efetivos cinegéticos que permita corrigir a cadeia alimentar e o ecossistema".

É igualmente prioritário definir e instalar "vários campos de alimentação e merouços que salvaguardem a adaptação desses efetivos cinegéticos", salienta o autarca.

"Disponibilizando-se para adquirir efetivos cinegéticos (como coelho bravo e perdiz) ou participar noutros investimentos que o ICNF considere adequados", o autarca "reforça que esta é uma preocupação partilhada pelos agentes locais ligados ao setor, nomeadamente clubes de caça e pesca e responsáveis políticos (executivo da câmara municipal e juntas de freguesia)".

Os incêndios de outubro de 2017 consumiram cerca de 75% da área do concelho de Vouzela, provocando perdas superiores a oito milhões de euros na agricultura, segundo estimativas da câmara municipal, adiantadas em janeiro deste ano.

As chamas percorreram mais de 85% da área florestal do município e provocaram oito mortos -- seis eram residentes no concelho e dois seguiam na autoestrada que liga Aveiro a Vilar Formoso (A25).

Além de ter atingido diversas empresas, o fogo destruiu 63 casas de primeira habitação e afetou cerca de uma centena de outros edifícios, alguns dos quais segundas habitações, de acordo com a câmara, que calculou em 4,75 milhões de euros os prejuízos provocados só em infraestruturas e equipamentos municipais.

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