IML só hoje realiza autópsia e testes de ADN a José d'Orey

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O Instituto de Medicina Legal (IML) de Lisboa só hoje vai realizar a autópsia ao corpo de José Luís d'Orey, encontrado na segunda-feira na serra da Arrábida, em Setúbal. A entidade aguardou até ontem os dados de identificação para iniciar o exame pericial.

A Polícia Judiciária (PJ) necessitou de 24 horas para poder enviar esses dados com segurança. Mas, mesmo assim, solicitou a realização de testes de ADN para poder atestar com toda a certeza que aquele é o corpo do empresário de Azeitão, devido ao avançado estado de decomposição. Os resultados das perícias deverão fornecer algumas pistas aos investigadores, os quais, até agora, continuam sem perceber os contornos daquele sumiço a 9 de Outubro de 2006.

"Ontem recebemos um cadáver não identificado. Estivemos a aguardar que a PJ nos enviasse os dados de identificação. Por isso a autópsia vai ser realizada amanhã [hoje]", disse ao DN fonte do IML de Lisboa, esclarecendo que aquela polícia também solicitou testes de ADN para obter a confirmação da identificação.

Há seis meses que a família de José d'Orey aguardava por algumas notícias, estando a investigação a cargo da PJ. Levantou-se, inclusive, a hipótese de ter fugido para o Brasil. Mas, na segunda-feira, a GNR descobriu a sua viatura entre a vegetação da serra de Arrábida, numa zona de difícil acesso.

Como foi ali parar? Porque demorou tanto tempo a ser encontrado? Ninguém, por enquanto, tem respostas. Depois de se despenhar, a Renault Scénic ficou imobilizada num local apenas visível de helicóptero. A equipa de reportagem do DN penetrou na espessa mata da serra, durante quase três horas, para conseguir alcançar o local. E mesmo a 50 metros de distância o monovolume escuro, totalmente desfeito, continuava quase imperceptível entre a vegetação do mesmo tom, o que ajuda a compreender o tempo que ali permaneceu oculta.

O despenho de um veículo naquele local é sempre detectado, disse-nos fonte da GNR. "Ou porque se incendeia, ou porque alguém se apercebe". A viatura de José d'Orey foi ali parar em silêncio, e ainda sem explicações. O mistério continua.

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