Ribau Esteves e Fernando Caçoilo, autarcas de Aveiro e Ílhavo, respetivamente, asseguram que o compromisso é ainda apenas relativamente ao planeamento, não perspetivando que a estrada seja feita ainda no atual mandato autárquico..Do lado de Ílhavo, a estrada intermunicipal irá corresponder à quarta fase da via de cintura externa e Fernando Caçoilo já tem uma estimativa de custos: cinco milhões de euros.."Trata-se de uma obra complexa e de custo elevado porque é preciso vencer dois vales", comentou à Lusa o presidente da Câmara de Ílhavo..Quanto ao traçado, embora haja ainda aspetos técnicos a considerar, a nova via deverá entroncar no acesso que foi construído para servir o Parque da Ciência e Inovação (PCI), atravessar a Coutada e entroncar, já no lado do município vizinho de Aveiro, numa nova rotunda a construir na antiga EN 109.."O que temos acordado entre as duas câmaras e as equipas técnicas é que vamos manter aquela que é implantação que está definida no Plano de Urbanização da Cidade de Aveiro (PUCA)", explica, por seu turno, Ribau Esteves..Esse traçado, que ficará assumido na revisão do Plano Diretor Municipal de Aveiro, parte de uma rotunda a construir junto ao LIDL, na antiga EN 109, e segue junto à Ria, contornando o Crasto, na base do talude, para ligar à rua da Pega junto à ponte do Esteiro de São Pedro, criando-se assim uma "via panorâmica" desde Santiago até à Coutada..Quanto aos custos da obra para o município de Aveiro, o presidente da câmara diz serem ainda uma incógnita.."Em Aveiro ainda não temos estimativa. Ílhavo tem a vantagem de ter o estudo prévio da quarta fase da via de cintura externa, que ainda foi feito no meu tempo [em que presidiu à Câmara de Ílhavo]. O que assumimos os dois presidentes é que Ílhavo vai atualizar o estudo de prévio que já tem dez anos e, por isso, já pode dizer um valor, enquanto nós vamos agora fazer o nosso estudo prévio", assinalou..Quanto ao calendário para a via intermunicipal, Ribau Esteves diz que "nunca é obra para os próximos dois ou três anos". ."Temos de ser realistas e ter objetividade: é preciso fechar os estudos prévios. Depois poderemos imediatamente avançar para os projetos de execução e com estes feitos, temos de ver nas duas câmaras como é que se tratamos do investimento, até porque o próximo quadro comunitário é ainda uma incógnita e não sabemos se voltará a haver financiamento para obras rodoviárias", explicou o presidente da Câmara de Aveiro..Lusa / Fim