Igreja angolana lembra caráter "visionário e pacifista"

A Igreja angolana recordou hoje o caráter "visionário e pacifista" do arcebispo emérito de Braga, Eurico Dias Nogueira, afirmando não poder ficar "indiferente" à sua morte também face à atividade desenvolvida por aquele clérigo em Angola.
Publicado a
Atualizado a

"Para nós é uma perda irreparável. Mas deixou o sabor do Evangelho, da alegria, do valor da dignidade da pessoa humana. Conseguiu valorizar o clero autóctone, oferecendo-lhe a formação necessária e indispensável para melhor poder servir o povo de Deus", disse hoje à Lusa o porta-voz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Manuel Imbamba.

Eurico Dias Nogueira morreu esta noite, com 91 anos, depois de "internamento súbito" no hospital, informa a página na internet da arquidiocese de Braga.

Depois de uma passagem por Moçambique, em 1972 foi transferido para Sá da Bandeira, em Angola, tendo o papa aceitado, em 1977, o seu pedido de resignação da então elevada a arquidiocese de Lubango.

"Nós, como conferência episcopal, não podemos ficar indiferentes perante uma figura tão ilustre como foi dom Eurico, por aquilo que ele representou para a igreja angolana, naquela altura. E sobretudo pela energia que imprimiu na arquidiocese de Lubango. O seu carisma fez-se sentir e deixou marcas até hoje", reconhece o porta-voz da CEAST e arcebispo de Saurimo.

O clérigo sublinha o "espírito pacifista e visionário" de Eurico Dias Nogueira, mentor de uma igreja "sempre dinâmica e ao serviço da pessoa".

"Curvámo-nos perante esta ilustre figura e enviámos à arquidiocese de Braga os nossos sentimentos de pesar", rematou Manuel Imbamba.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt