Humanos ao vivo no Coliseu do Porto

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Se o concerto dos Humanos esta noite (21.30), no Coliseu do Porto, seguir o alinhamento apresentado por duas vezes em Lisboa, na semana passada, tudo começa e acaba com a voz de Camané. No início, cantando António, um tema inédito de António Variações, que deixa a sala suspensa com este auto-retrato do músico dos anos 80. E, no final, entoando (provavelmente acompanhado pelo público) o popular É Pr'à Amanhã.

Pelo meio, os sete Humanos interpretam todas as músicas do álbum lançado no ano passado - repetindo apenas a enérgica Maria Albertina, cantada e dançada por graúdos e miúdos -, recupera algumas das mais conhecidas canções de António Variações (Anjo da Guarda, Estou Além, O Corpo É Que Paga e Estava Eu A Pensar Agora em Ti) e ainda lhes junta quatro músicas de outros grupos que, segundo explicaram os Humanos à comunicação social, no seu entender tinham a ver com o universo de António Variações ou com a música que ele fazia. São elas Flores dos brasileiros Titãs, Hardocre (1.º Escalão) dos portugueses GNR, Oh My Love de John Lennon e This Town Ain't Big Enough For Both Of Us dos americanos Sparks.

Apesar destes bónus, os melhores momentos do espectáculos são mesmo aqueles em que os Humanos cantam António Variações, demonstrando em palco a força de temas como A Culpa é da Vontade, Rugas, Amor de Conserva ou Não Me Consumas.

Tal como no disco, as vozes são de Manuela Azevedo, Camané e David Fonseca. Mas, ao contrário do que acontece no disco, em palco todos eles dão uma ajudinha "instrumental" aos músicos Nuno Rafael, Hélder Gonçalves, Sérgio Nascimento e João Cardoso (sim, todos eles, porque até Camané toca um bocadinho de viola em Muda de Vida). O resultado é este os Humanos parecem-se cada vez mais com um grupo de verdade e, por isso, também é cada vez mais difícil acreditar que eles vão ficar por aqui.

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