Foi ácido clorídrico o líquido que ingeriu Alfredo Peres há 15 dias, pensando tratar-se de água. O homem, de 59 anos, reside em Estremoz e caiu no chão depois de beber por uma garrafa de água, encontrando-se em vigilância no serviço de cirurgia do Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa. Foi ouvido pelas autoridades, mas a investigação não está concluída..A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica ( ASAE ), a polícia que está a investigar o caso a pedido do Ministério Público, quer ouvir mais pessoas antes de concluir a investigação criminal. As análises laboratoriais indicaram que o líquido ingerido pelo homem é ácido clorídrico, mas está por explicar como é que esta substância altamente corrosiva foi parar a uma garrafa de 33 centilitros de água, da marca Água da Nascente , comprada no Lidl de Estremoz..A cadeia de supermercados retirou as embalagens do mesmo lote da venda ao público, não tendo sido detectado qualquer substância tóxica em mais nenhuma..O ácido clorídrico é uma solução aquosa, altamente ácida, também chamado de cloreto de hidrogénio ( HCl ). É extremamente corrosivo e deve ser manuseado apenas com as devidas precauções, sendo normalmente utilizado como reagente químico..Alfredo Peres não só manuseou sem cautelas o ácido clorídrico como este estava numa garrafa para consumo. O homem já explicou à ASAE o que se passou no dia 25 de Junho, quando ingeriu a substância tóxica, mas os inspectores ainda não desvendaram o caso..António Peres foi transportado por um taxista logo após o incidente para o centro de saúde de Estremoz e, posteriormente, para o hospital de Évora. Acabou por ser transferido para o S. Francisco Xavier, em Lisboa, dado o seu estado de saúde ser crítico. Foi internado nos cuidados intensivos e esteve mais de uma semana ligado a uma máquina de ventilação..Actualmente, encontra-se no serviço de cirurgia geral do hospital. Prevê-se que ainda vá demorar algum tempo até que se possa concluir que se encontra completamente fora de perigo.