Há mais fim de semana além de Weeknd

Escape para uns, momento de afirmação de convicções para outros. De tudo houve no primeiro dia de Alive.
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The Weeknd foi o cabeça-de-cartaz da primeira noite do NOS Alive e não houve surpresas. Apresentou-se em palco distante do trio de músicos (estes estavam no topo de uma plataforma com um terceiro ecrã gigante em fundo) - afinal ele é a estrela da companhia. Como esperado, foi um artista competente, pôs

o público a cantarolar e bambolear sucessos como I Feel It Coming ou Earned It ao mesmo tempo que o próprio gingava e pulava enquanto a sua voz melosa e os beats se espalhavam por todo o recinto. Quem sabe se por medo de errar o nome da cidade, Abel Tesfaye, assim se chama o canadiano,limitava-se a agradecer a Portugal e a pedir que o povo pulasse e se mexesse.

Para quem procurava outras emoções, o palco Clubbing, com Batida, e o palco Heineken, com Bonobo, eram opção. Sim, Simon Green, o DJ e produtor britânico por trás de Bonobo, trouxe uma formação com metais e uma vocalista: o resultado foi uma eletrónica complexa que encantou os presentes. Ali ao lado, por assim dizer, Batida investia como só eles sabem na mistura de ritmos africanos e eletrónicos. Ao contrário da mensagem de escape que o vocalista dos The xx, Oliver Sim, veiculou horas antes sobre os festivais ("é quando uma pessoa deixa tudo para trás e pode ser quem quiser"), Pedro Coque não fez questão de falar sobre temas políticos, sem esquecer o seu amigo e companheiro de Batida Luaty Beirão. Claro que àquela hora (depois da 01.30) estas mensagens não passavam tão bem quanto os irresistíveis ritmos que transformaram o espaço numa pista de dança. Para os duros, ainda estava reservado o concerto de Glass Animals.

Já passava das 03.00 quando começaram e os próprios pareceram admirados com a energia de quem os recebeu. "Ainda não estão cansados?", perguntou o vocalista Dave Bailey, para logo de seguida largar um efusivo "fuck!" e prosseguir com a festa.

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