Luís Castro (treinador do Desportivo de Chaves): "As nossas motivações estão, estiveram e estarão sempre na forma como queremos jogar em cada partida, as nossas motivações estarão sempre no próximo dia de trabalho, aquilo que advêm da consequência disso faz-nos sentir bem ou faz-nos sentir menos bem, se alguma coisa acontecer de mais positivo do que já aconteceu, ótimo. .Portanto, o que nos queremos fazer até ao fim é continuar o caminho que vimos trilhando, caminho de qualidade de jogo, resultados positivos, respeito e sentimento de que somos respeitados enquanto equipa e apreciados pela forma como jogamos. .[despedida perfeita em casa] Despedida perfeita aos adeptos do Chaves, porque a época foi difícil em alguns momentos, mas sentimos que a ligação dos adeptos a nós foi efetiva e incondicional, quando sentimos isso a nossa paz interior está muito mais predestinada a fazer bem. No início da época sentimos que houve alguma desconfiança sobre a forma de jogar, mas os adeptos foram gostando e, hoje, voltando a mudar a forma de jogar não sei se vão voltar a gostar de outra forma de jogar senão esta. .Esse é um bom sentimento, aquilo que já senti noutras instituições em que trabalhei, este ano senti o mesmo, o que reforça a minha ideia de treino e de jogo e que este é o caminho. Senti que os jogadores estão bem, felizes e confortáveis com esta forma de jogar. .Vitória indiscutível. Eu às vezes sinto se vi bem os jogos, então tenho de os ver outra vez, mas a sensação que tenho é que quando voltar a ver o jogo vou ficar com a certeza de que foi um grande jogo do Desportivo de Chaves, nós não queremos ter a bola por ter a bola, queremos ter a bola para agredir o último terço e saí com a sensação que quisemos sempre a bola para lá chegar. .[primeiros 15 minutos sentiu tranquilidade] Senti tranquilidade da minha equipa, mas senti também do outro lado uma equipa motivada e muito forte para a qual era preciso paciência para a desmontar, senti sempre que quando falhávamos um passe o Marítimo aproveitava e nós falhamos sete passes, senti que o Marítimo estava à espera do nosso erro e de bola parada. .Daniel Ramos (treinador do Marítimo): "Naturalmente que sim, porque criámos o melhor para nós e o melhor que podíamos obter esta época era essa possibilidade, claro que também o disse na antevisão não dependíamos só de nós, mas para isso precisávamos do resultado de hoje e, como tal, não nos é possível lutar pelo quinto lugar. .Contudo, duas coisas importantes, parabéns ao Desportivo de Chaves que acabou por ser melhor porque aproveitou o que foi acontecendo no jogo e segundo dizer que meus jogadores têm feito um trajeto irrepreensível pelo que é exigido, tínhamos o objetivo de atingir a melhor qualificação possível, primeiro com permanência e, depois, redefinir objetivos, a minha rapaziada tem estado a nível alto, nada desapontado com o todo, claro que há eros, como hoje os cometemos, mas não sou capaz de os repreender pelos erros que cometeram nos jogos face à época difícil. .Depois da vantagem, estávamos muito bem no jogo, entramos bem, conseguimos contrariar o ataque organizado do Chaves, recuperamos muito a bola, estávamos a perceber os ritmos de jogo e a geri-los bem, a vantagem também nos deu isso. .Tudo começa a desenhar-se em dois lances que me parecem de grandes dúvidas, sem estar a apontar erros de arbitragem, pareceu bola fora no lance do primeiro golo e um lance de penálti em cima do intervalo quando o tempo de compensação foi excessivo..O Marítimo vai bater mais um recorde, porque provavelmente vai ficar com zero penáltis marcados face a nove já sofridos..Um 2-1 ao intervalo obrigou-nos a ter uma atitude diferente na segunda parte e a correr riscos e cometemos muitos erros porque estávamos a perder e precisávamos de arriscar".