A fragata portuguesa Álvares Cabral impediu ontem um ataque de cinco piratas ao largo da costa da Somália, quando tentavam abalroar uma embarcação usada localmente para transporte de carga..Segundo o comunicado da frota naval permanente da NATO (SNMG1, sigla em inglês) que está sob comando da Álvares Cabral, a missão a meio da manhã (hora local) e obrigou ao uso do helicóptero Lynx da fragata portuguesa, uma vez que o ataque ocorreu a cerca de 100 quilómetros do local onde estava o navio. Um avião espanhol de patrulha marítima, ao serviço da UE, foi também mobilizado para identificar mais rapidamente o local dos acontecimentos..Os cinco piratas - com idades compreendidas entre os 15 e os 22 anos - usaram uma lancha para o ataque, a cerca de 220 quilómetros a norte do porto somali de Boosaaso. Perante a aproximação da Álvares Cabral, que enviou uma equipa de fuzileiros para a abordagem à lancha, os piratas começaram a atirar ao mar as armas e material que estava na sua posse. Mesmo assim, segundo o comunicado da SNMG1, ainda foi possível recolher algumas informações relevantes, não especificadas..O comandante da SNMG1, contra-almirante Pereira da Cunha, considerou a operação "como um aviso para os piratas de que a NATO e os seus parceiros marítimos estão a trabalhar em perfeita coordenação e prontidão para impedir ataques" no golfo de Adém. .Para o comandante Nobre de Sousa, capitão da Álvares Cabral, a operação "demonstrou a prontidão e a determinação das forças da NATO em manter a segurança e o apoio" ao tráfego marítimo da região. .A fragata Álvares Cabral assumiu no passado dia 9 - e até 25 de Janeiro - o comando das operações navais da NATO na região somali, à frente de uma frota que integra ainda dois navios norte-americanos e um italiano.