Filho de príncipe terá direito a título após batalha legal

Havia acordo entre os pais de que o jovem nunca procuraria nenhum título. Porém, aos 18 anos, Hugo começou a sua luta. Príncipe quer que filho varão mantenha privilégios e pensa ser pretendente ao trono espanhol
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A família real holandesa vai ter um novo membro. Não, não se trata de um bebé que está prestes a nascer, mas sim de um jovem de 21 anos: Carlos Hugo Klynstra.

O jovem é filho do príncipe Carlos, primo do rei Willem-Alexander, e Brigitte Klynstra, uma amiga de infância do príncipe com quem aquele teve uma relação. Quando Brigitte ficou grávida, os dois acordaram que a criança nunca receberia qualquer título. O príncipe acrescenta, de acordo com o Telegraph que cita meios locais, que a decisão de ter a criança foi tomada de forma "independente" por Brigitte Klynstra.

Agora, além de pedir para ser registado na lista de nobres holandeses, Hugo Klynstra vai ainda receber o título de Sua Majestade Príncipe Carlos Hugo Roderik Sybren de Bourbon de Parme, casa da qual a figura maior é o seu pai.

O príncipe Carlos também não quer que os direitos do filho sejam reconhecidos para que o filho varão do seu casamento mantenha os direitos e não os perca para o primogénito. O príncipe Carlos tem também pretensões ao trono espanhol, como explica o El País, tal como o pai.

A luta de Hugo Klynstra começou quando tinha 18 anos e desafiou o suposto acordo dos pais. Durante estes três anos, em que Hugo lutou nos tribunais pelos seus direitos nobiliárquicos, algo que a lei holandesa prevê, várias têm sido as decisões favoráveis ao jovem. Esta segunda-feira, a situação foi discutida no conselho de estado, órgão que aconselha a família real holandesa, Espera-se, durante as próximas semanas, mais uma decisão favorável ao filho do príncipe Carlos.

Carlos, que é casado e tem três filhos desse mesmo casamento, nunca negou que Hugo é seu filho, mas sempre foi contra o facto de ele receber quaisquer privilégios da realeza.

Em 2015, em declarações aos media holandeses, o príncipe Carlos comentou o caso, afirmando que era uma "questão pessoal com um contexto triste", cita o Guardian.

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