FBI divulga cartas de fãs obcecados com Whitney Houston

O FBI publicou ontem 128 cartas antigas endereçadas a Whitney Houston por fãs obcecados. Há tentativas de acosso e também de extorsão. Oitenta missivas foram enviadas pelo mesmo homem.
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As 128 cartas foram enviadas no pico da carreira de Whitney Houston, entre 1988 e 1999. A maioria, 80, têm um mesmo remetente: uma pessoa que declara o seu "amor incondicional" à cantora, falecida em fevereiro de 2012, e o seu desespero por querer conhecê-la pessoalmente.

Whitney Houston ignorava as cartas deste fã, assim como as flores que lhe enviava, o que só fazia com que o seu fanatismo aumentasse. "Estou tão desesperado e louco que me vêm à cabeça ideias que me assustam. Posso fazer mal a alguém com alguma dessas ideias loucas e não me dar conta do estúpido que era até depois de as fazer. Isso assusta-me realmente", escreveu este fã, cuja identidade foi preservada.

Sabe-se apenas que se tratava de um homem residente no estado do Vermont que tinha 28 anos na altura dos acontecimentos. Afirmava que estava apaixonado por Whitney Houston desde março de 1986, quando a cantora lançou o tema "The Greatest Love of All". Exigia com as suas missivas uma prova de que a artista sabia da sua existência.

Os documentos trazidos à luz pelo FBI mostram ainda uma clara tentativa de chantagem à cantora, que morreu em fevereiro do ano passado afogada na banheira de um hotel de Los Angeles, após ter consumido cocaína.

A autora das ameaças era uma mulher que tinha informação comprometedora relacionada com as relações sexuais e vida pessoal de Whitney Houston. Exigia-lhe 250 mil dólares em troca do seu silêncio.

Estas ameaças aconteceram depois da cantora se ter casado com o rapper Bobby Brown, em 1992. Houston falou sobre "assuntos pessoais" com esta mulher que considerava "uma amiga" e o seu pai pagou-lhe uma quantia não especificada de dinheiro para que não revelasse publicamente detalhes comprometedores.

Whitney Houston também apresentou queixa de um homem oriundo da Holanda que lhe enviava cartas e cassetes que ela considerava ameaçadoras, de acordo com estes documentos. O homem chegou a ser interrogada pelo FBI. Dizia que era o presidente da Europa, que tinha comprado o Brasil por 66 mil milhões de dólares e que tinha ajudado Nelson Mandela a ganhar as eleições na África do Sul.

Os casos foram agora tornados públicos pelo FBI porque nenhum deles chegou à barra dos tribunais e podem ser consultados no site da agência de investigação norte-americana.

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