"O Facebook é a nova televisão", declarou o corresponsável do EngageLab da Universidade do Minho, acrescentando que "o Facebook está a substituir a televisão de uma forma mais agressiva e poderosa do que a Internet o fez", com a ressalva clara de que a rede social, que deve entrar em bolsa esta semana, é parte da Internet..O académico lamentou os estudos que criticam o Facebook como "um diabo, consumidor de tempo em que as pessoas se viciam", mas que não fazem nenhuma referência à televisão comparativamente..Num cenário de duas pessoas que falam mais através das redes sociais do que na vida real, Nélson Zagalo lembra que isso não é um fenómeno causado pelas redes em si, mas sim uma consequência do tipo de sociedade atual.."Esse fenómeno está relacionado com a evolução que a sociedade criou a partir dos comportamentos que se foram desenvolvendo. As pessoas olham para esse fenómeno como sendo causado pelo Facebook, mas não é. É causado pela sociedade em alta velocidade, de alta desconfiança", explicou o especialista em novas tecnologias e também fundador da Sociedade Portuguesa de Ciências dos Videojogos..Zagalo recorda que "há problemas no Facebook", mas "o essencial é que restabeleceu alguns dos laços comunitários" que se tinham perdido completamente..Ainda assim, a questão da privacidade é "preocupante" devido ao uso comercial que a rede social tem vindo a dar às informações pessoais recolhidas, uma área na qual o professor da Universidade do Minho diz que a lei tem que ser "muito clara ao não permitir que aconteça".