Execução de três homens no Bahrein gera novos protestos nas ruas

Os homens, de confissão xiita e condenados pela morte de três polícias, foram executados por um pelotão de fuzilamento
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A execução de três homens, hoje no Bahrein, desencadeou novas manifestações na rua e ameaça reavivar as tensões entre a maioria xiita e o poder sunita.

Os homens, de confissão xiita e condenados pela morte de três polícias, foram executados por um pelotão, na presença do diretor da prisão, de um juiz, de um médico e de um imã (sacerdote muçulmano).

O anúncio das execuções gerou manifestações, por vezes violentas, nas localidades xiitas, onde os habitantes bloquearam as ruas, incendiando pneus. A polícia ripostou, atirando gás lacrimogéneo, segundo imagens difundidas nas redes sociais.

No sábado, manifestantes saíram igualmente à rua em protesto contra a execução dos três homens, condenados por um atentado à bomba, a 03 de março de 2014, no qual morreram os três polícias, incluindo um dos Emirados Árabes Unidos, e ficaram feridos 13.

Para o movimento xiita libanês Hezbollah, apoiado pelo Irão, a execução dos três xiitas levará o Bahrein para "um futuro incerto, e ameaça a sua estabilidade e a do conjunto da região".

No Bahrein, os xiitas desafiam frequentemente o poder sunita, que reprime os seus opositores, acusando-os de "cumplicidade com o Irão", um país maioritariamente xiita.

Reagindo às execuções, o Irão sublinhou que, com "esta ação insensata", o regime de Bahrein "provou, uma vez mais, que não procura uma resolução pacífica" da crise.

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