O novo "posicionamento nuclear" do Pentágono, revelado na semana passada, visa dotar os Estados Unidos de novas armas de baixa potência como "resposta" ao alegado rearmamento da Rússia e da China, desmentido quer por Moscovo quer por Pequim.."O ambiente de segurança hoje é mais dinâmico, complexo, exigente e ameaçador que aquele que se seguiu ao fim da Guerra Fria", afirmou em Genebra o embaixador norte-americano junto da Conferência sobre o Desarmamento da ONU, Robert Wood..Wood acusou a Rússia, a China e a Coreia do Norte de estarem a reforçar os seus arsenais nucleares e de estarem a "reforçar a importância das armas nucleares nas suas estratégias de segurança".."Algumas das pessoas naquela sala talvez pensem que deveríamos apenas meter a cabeça na areia e ignorar as ameaças, deixando que a Rússia, a China e a Coreia do Norte continuem a fazer o que fazem", disse o embaixador Wood aos jornalistas, no exterior da sala de conferências..Para o embaixador americano, o novo posicionamento nuclear dos Estados Unidos "reflete a realidade da situação securitária", acrescentando que "é importante reforçar a dissuasão nuclear". .A Rússia denunciou o "caráter belicista" e "anti-russo" do novo posicionamento nuclear americano, advertindo que poderá vir a tomar "as medidas consideradas necessárias" para garantir a sua própria segurança..Já a China expressou a sua firme oposição ao novo relatório do Pentágono, que lança "especulações ao acaso" sobre as intenções de Pequim. O Irão acusou os Estados Unidos de estarem a "reaproximar a Humanidade da aniquilação"..A última vez que o dispositivo nuclear norte-americano foi alvo de uma reanálise profunda foi em 2010..A estratégia foi muito criticada, sobretudo por analistas que acusam a administração Trump de violar os acordos de não proliferação e de procurar baixar o limiar para desencadear um ataque nuclear.."Não baixámos o limiar nuclear", afirmou o embaixador.."O objetivo é o de afirmar claramente que não interessa a ninguém recorrer às armas nucleares", concluiu.