Efeito psicológico de massacre no Rio de Janeiro afectará a rotina de outras escolas

O efeito psicológico do massacre na escola Tasso de Oliveira que vitimou 12 estudantes e feriu outros 30, abalará a rotina de outras escolas do Rio de Janeiro, disse à Lusa o activista da ONG Rio de Paz.
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"A escola (em Realengo) vai ter muita dificuldade em retomar o seu trabalho e o efeito psicológico será sentido em outras escolas. Este foi o primeiro caso de um serial killer e espero que isso não se torne comum", afirmou o luso-descendente António Carlos Costa que lidera o movimento Rio de Paz.

Esta madrugada, activistas dos direitos humanos da ONG prestaram uma singela homenagem aos 12 estudantes mortos em frente à escola onde ocorreu o ataque, levado a cabo por um ex-aluno armado com dois revolveres. Foram colocados 12 vasos de flores para cada um dos estudantes assassinados.

"A dor das famílias é uma coisa indescritível. O homicídio representa não só a interrupção da vida de uma pessoa, mas também a incurável dor e saudade dos familiares", lamentou António. Segundo o representante do movimento, é necessário discutir a questão da segurança nas escolas.

"É urgente numa cidade violenta como o Rio de Janeiro. O Estado não tem como evitar uma psicopatologia vivenciada por esses criminosos, mas temos como dificultar o acesso aos meios para que eles não cometam os crimes, ou seja, as armas", analisou.

O crime deixa profundas marcas no Rio de Janeiro. "Esse caso mostra o quanto o Rio tem que trabalhar para ser um Estado pacificado. Há um caminho muito longo a seguir". Segundo António Carlos, é preciso discutir de forma urgente "como o Estado, que não fabrica armas e munições, vê todos os dias tantas mortes por uso de armas de fogo".

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