"É altura de retomar o que é nosso", declara Kiev

Chefias militares e de segurança asseguram que as forças estão prontas para começar o assalto ao invasor russo.
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Ainda a meses de poder contar com aviões de caça modernos nem outros reforços de equipamento já programados como os tanques norte-americanos Abrams, mas com determinação: o comandante das forças armadas ucranianas deu a indicação de que os seus homens estão prontos para a contraofensiva. "É altura de retomar o que é nosso", escreveu o comandante militar supremo da Ucrânia, general Valery Zaluzhny.

A declaração foi acompanhada por um vídeo de cuidada produção, que inclui imagens de tanques Leopard 2 e do sistema de lançamento múltiplo de foguetes HIMARS, mas não incluía qualquer informação adicional.

Em entrevista à BBC, o chefe do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Oleksiy Danilov, também disse que o país "está pronto" para o assalto às forças invasoras. "Pode acontecer amanhã, depois de amanhã ou dentro de uma semana. Seria estranho se eu indicasse datas para o início de tais acontecimentos. Isso não pode ser feito... Temos uma tarefa muito responsável perante o nosso país. E compreendemos que não temos o direito de cometer um erro", sustentou Danilov, que disse ainda que o país está perante "uma oportunidade histórica" para se tornar "verdadeiramente" um grande país europeu e independente.

Enquanto isso, há relatos de um novo ataque de drones em território russo. Na região de Bryansk, ao que dizem os meios russos, dois soldados foram mortos, enquanto em Shebekino, região de Belgorod, foram registadas grandes explosões. Em território ocupado pela Rússia foram relatados ataques em Berdiansk e Mariupol. Nesta última cidade, que há cerca de um ano caiu para as forças russas, os ucranianos atacaram com mísseis em dois dias consecutivos. Segundo a autarquia da cidade (no exílio), 450 russos morreram - ao que tudo indica as forças de Kiev terão usado os mísseis Storm Shadow (alcance de 300 km).

Uma porta-voz do Ministério da Defesa da Alemanha confirmou ter recebido um pedido para fornecer a Ucrânia com mísseis de cruzeiro Taurus, que são dotados de maior alcance, 500 quilómetros. Moscovo, por sua vez, vai expulsar do seu território, a partir de quinta-feira, centenas de cidadãos alemães, entre diplomatas e professores de língua alemã.

cesar.avo@dn.pt

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