Detido imã que acusou criança cristã de blasfémia

A polícia paquistanesa deteve um imã, autoridade religiosa islâmica, que acusou uma menina cristã de blasfémia por ter alegadamente queimado folhas do Corão, anunciou hoje o canal de televisão Geo.
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A detenção ocorreu na sequência das declarações de uma testemunha, Hafiz Mohamed Zubair, que afirmou no sábado que o imã, Khalid Chishti, terá falsificado as provas contra a menina, Rimsha Masih, ao acrescentar folhas do livro sagrado dos muçulmanos a outras que a criança terá queimado.

Rimsha, que vive no bairro pobre de Mehrabad, na periferia de Islamabad, está detida há duas semanas, na sequência da acusação de que terá queimado folhas do Corão, crime pass"vel de ser punido com a prisão perpétua no Paquistão.

Esta detenção é uma reviravolta no caso, estando agendada para segunda-feira uma audiência para analisar o pedido de liberdade condicional para a criança, que, segundo os médicos, terá "cerca de 14 anos" e sofrerá de uma deficiência mental.

O caso tem agravado as tensões entre a maioria muçulmana e a minoria cristão no bairro onde a criança vive e de onde já fugiram centenas de famílias cristãs por receio de represálias de radicais islâmicos.

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