Deco jogou com Messi e CR7 mas não tem dúvidas: "Ronaldinho será sempre o melhor"

Antigo internacional português revisitou a carreira em entrevista ao jornal espanhola <em>As</em>.
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Deco jogou com Cristiano Ronaldo na seleção nacional e com Lionel Messi no Barcelona mas, em entrevista ao jornal espanhola As, não tem dúvidas em eleger o melhor futebolista com que jogou. "À primeira vista, Leo e Cristiano são os maiores, especialmente porque ninguém pensava que podiam estar tantos anos a este nível, mas o que mais me impressionou, apesar de não ser tão decisivo, foi Ronaldinho. Para mim será sempre o melhor", considerou o antigo internacional português.

"Recordo-me da primeira vez que vi Messi e vejo-o agora e não mudou nada, continua a jogar com a mesma tranquilidade a enfrentar as coisas, com simplicidade de movimentos no campo. Com 18 anos o mais lógico era estar assustado, mas ele não", recordou o luso-brasileiro, que não encontra muitas semelhanças entre o argentino e CR7: "Sempre foram muito diferentes. Via-se que o Cristiano queria sempre mais. Queria sempre mais nos treinos, nos jogos, pedia sempre mais."

O antigo médio de FC Porto, Barça e Chelsea, entre outros, elegeu a derrota na final do Euro 2004 como o segundo pior momento da carreira, apenas superado pela final do Mundial de Clubes de 2006, quando os catalães perderam ante o Internacional de Porto Alegre: "Esse foi o pior dia."

Deco contou que está a trabalhar na área da representação de jogadores, tendo clientes no FC Porto, Sporting e Brasil, mas atirou para canto quando lhe perguntaram se se sente mais brasileiro ou português. "Pergunta difícil, porque gosto mais do Porto e isso pesa muito", confessou, também sem posição vincada em relação à eleição de Bolsonaro.

O antigo médio portista elege Modric e Iniesta como os jogadores com que mais se identifica, apontando o croata como "a chave dos últimos êxitos do Real Madrid", embora Cristiano Ronaldo tenha sido "a grande figura".

Deco recorda que escolheu o Barcelona quando deixou o FC Porto por causa de Romário e lamenta a forma como saiu de Camp Nou. "Quando estás quatro anos num clube ganhamos muitas coisas. Dói que te assobiem no final", frisou, revelando ter sido surpreendido quando chegou a Portugal. "Recordo que cheguei com 18 anos, pensava que ia para o Benfica, mas na verdade cederam-me ao Alverca. Foi uma surpresa mas tive de aceitar. Subimos à I Liga e assinei pelo FC Porto", lembrou.

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