Cristiano Ronaldo revela quem eram os seus heróis de infância

Um jogador do Sporting, um do Benfica e um do FC Porto: CR7 revela os nomes que o inspiraram a ser futebolista
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Cristiano Ronaldo abriu o livro, em entrevista à UEFA, publicada na véspera do início do Euro 2016. O capitão da seleção nacional recordou a infância e os tempos em que três jogadores o inspiravam.

"Quando via jogos de futebol, em criança, sabia sempre que um dia iria ser eu a estar ali. É difícil de explicar, mas isso motivava-me. Motivava-me ir depois jogar futebol para a rua e dizer: 'Um dia vou ser um jogador a sério. Vou ser um futebolista a 100 por cento.' Luís Figo, Rui Costa e Fernando Couto eram os meus heróis quando era mais novo. Naturalmente, era neles que focava a minha atenção, e sabia o que queria: 'Um dia vou jogar ao lado deles'", contou.

O avançado do Real Madrid surpreendeu ao afirmar que, na altura, gostava de acompanhar jogos do... Valência. "Também seguia os jogos de muitas equipas de vários campeonatos - Manchester United, Real Madrid, Valência ou o Milan, na Serie A. Sabia que ia ser jogador profissional", frisou.

Aos 31 anos, Cristiano Ronaldo sonha com o primeiro título europeu de seleções e falou sobre outros temas, desde a sua estreia pela seleção à desilusão de 2004.

Sobre a sua infância...
"Os meus primos costumavam jogar futebol e eu também queria estar sempre a jogar. Jogava no meu bairro e também na escola. Vivi na Madeira até ter mais ou menos 11 anos, depois fui para o continente. Tive uma boa infância - a infância normal de uma criança que se mudou para Lisboa aos 11 anos para tentar alcançar algo no mundo do futebol. Os meus pais deram-me a oportunidade de deixar a Madeira ainda muito jovem; foi uma decisão complicada, talvez a mais difícil que tiveram de tomar nas suas vidas e eu na minha. Mas teve um efeito positivo, porque depressa passei paras as equipas dos grupos etários a seguir ao meu. Comecei a treinar na equipa B do Sporting quando tinha 15 anos e aos 16 já treinava com a equipa principal. Aconteceu tudo muito depressa. Obviamente, a minha cabeça já estava focada em tornar-me num futebolista profissional."

Sobre a sua estreia por Portugal...
"Essa semana foi uma das melhores da minha vida, porque estreei-me pelo Manchester United - um dos melhores clubes da história do futebol - e logo depois estreei-me pela seleção principal. Disputei o meu primeiro jogo pelo United, contra o Bolton [a 16 de Agosto de 2003], e na mesma semana alinhei pela seleção nacional [contra o Cazaquistão, a 20 de Agosto de 2003]. Uma vez mais tudo aconteceu muito depressa. Foi um momento muito especial da minha vida, ter a minha primeira internacionalização por Portugal."

Sobre a derrota de Portugal frente à Grécia na final do Euro 2004...
"Foi um momento difícil, perder esse jogo, ainda para mais em Portugal, contra a Grécia - sabíamos que tínhamos uma oportunidade única de nos sagrarmos campeões europeus. Mas isso faz parte do futebol. O futebol ensinou-me muitas coisas: nada é garantido. O que é verdade hoje poder ser mentira amanhã; uma equipa pode ser muito boa num dia e terrível no outro. Faz tudo parte. Se aconteceu o que aconteceu, foi porque Deus assim o quis e temos de olhar para a frente: para o futuro da nossa seleção nacional, que vai ser positivo. Portugal vai acabar por ganhar algo grande, como um Campeonato da Europa ou um Campeonato do Mundo."

Sobre a sua relação com o Euro...
"Os Campeonatos da Europa e os Mundiais são sempre competições especiais. As fases finais são sempre momentos maravilhosos, inesquecíveis na carreira de qualquer jogador, e este vai ser mais um Campeonato da Europa no meu currículo. Obviamente, estou feliz com isso e sinto-me privilegiado por ter já podido marcar presença em tantas fases finais. Claro que, ao mesmo tempo, é um momento delicado, porque tudo pode acontecer. Mas penso que Portugal está a atravessar um bom momento de forma, tivemos uma qualificação muito positiva."

Sobre a sua filosofia futebolística...
"É um grande orgulho para mim representar a seleção de Portugal desde os meus 18 anos e, claro, ter-me tornado num exemplo, não só no meu país mas em todo o mundo. A minha prioridade é sempre jogar o meu futebol, porque isso é o que sei fazer melhor. Naturalmente, fora do campo a minha prioridade é sempre passar uma boa imagem, em especial para as crianças, porque nós somos os modelos deles e eles seguem muitos dos nossos exemplos."

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