A Varig enfrenta uma crise difícil de ultrapassar. A situação agravou--se nos últimos dias e a companhia aérea vive a agonia da falência. O governo brasileiro declarou que não irá ajudar a salvar uma empresa privada, mas também não quer ser acusado de responsável pelo seu encerramento. A saída para a crise parece estar distante. Dos 71 aviões que compõem a frota, apenas 54 estão a operar. O juiz responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa afastou esta semana a possibilidade de falência imediata da Varig, considerando que ainda existem "hipóteses de recuperação"..Contudo, Luiz Roberto Ayoub chama a atenção para o facto de a Varig ter "entrado em recuperação judicial há cerca de um ano. E a situação difícil da altura é a mesma de hoje". No entanto, diz: "isto não significa que a Varig não seja viável"..A juntar à crise financeira e à paragem forçada de aviões, a Varig enfrenta agora o risco de ver fugir os clientes. Na semana passada, o governo britânico desaconcelhou o uso da companhia, o que gerou protestos no Brasil, mas certamente deve ter influenciado passageiros ingleses a não viajarem na Varig. .A companhia desceu do primeiro para o terceiro lugar no ranking do mercado interno e enfrenta agora a concorrência da Tam e da Gol. Nas rotas para a Europa, a Varig está a operar com aviões de outras companhias. Para Lisboa recorreu a aparelhos da euroAtlantic e para a Alemanha tem utilizado aviões da Lufthansa, líder da Star Alliance, da qual a Varig faz parte, o que poderá significar a manutenção da companhia brasileira no grupo..No auge da crise, a Varilog, da Matlin Patterson, avançou com uma proposta para adquirir a Varig por uma verbba de 400 milhões de euros. C * Correspondente no Rio de Janeiro