Criações da empresa Castros iluminam natais de norte a sul

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Estão presentes de norte a sul as "poções mágicas de luz" da empresa Castros, em Gaia, que cria iluminações festivas há mais de 80 anos. Uma "aldeia tecnológica habitada por artesãos, magos, sábios e alquimistas" disfarçados de serralheiros, montadores, engenheiros e designers que todos os anos trabalham para fazer sonhar. À excepção da Árvore de Natal Millennium, as iluminações das 70 ruas que hoje, às 20.00, se acendem no Porto têm a sua assinatura.

Apesar de também iluminarem as populares festas de Verão, o Natal corresponde a 70 por cento do seu trabalho - o que é visível pela permanente entrada e saída de carrinhas que transportam luz de todas as formas e feitios para vários cantos do País.

A sua clientela é maioritariamente constituída por municípios e associações de comerciantes, mas a internacionalização também já é uma realidade - "na terça-feira acendemos quatro ruas em Londres, mais duas do que no ano passado", data em que começou a colaboração com a capital britânica, contou ao DN António José Castro, administrador da empresa nortenha.

Contam os Castro que "foi pelo gosto do 'fazer' que em 1921 se iniciou a saga de uma família simples que se permitiu sonhar" e fazer das festas e do Natal algo mais vivo. Tempos bem diferentes dos de hoje, onde até a madeira já deu lugar aos plásticos e alumínios como matéria-prima para as estruturas que sustentam as luzes. "A minha avó contava que naquele tempo ainda se fazia iluminação com velas que durava só uma noite, a energia eléctrica era muito escassa e era nas grandes cidades", relembra António, que aponta como razão do sucesso a criatividade e o querer fazer sempre melhor.

É no gabinete criativo da Castros que surgem as formas posteriormente apresentadas aos clientes e que começaram recentemente a ser patenteadas. "Infelizmente estamos constantemente a ser plagiados, por isso registamos todos os trabalhos", explica ainda o administrador, que tem alguma dificuldade em apontar um projecto que tenha sido mais marcante para a empresa. "Há vários...", diz, mas a cidade de Lisboa costuma ser um recorrente desafio, nomeadamente os projectos da Rua Augusta ou do Rossio, "que dão muito gozo executar". O mesmo com Londres. "No fundo, tudo o que nos coloca desafios e fuja do normal mexe connosco e realiza-nos", conclui. Alquimia de luz, realização de sonhos é o que se faz na Castros, "quase que fazemos poções mágicas com as luzes", acredita António, para quem "o importante é que as pessoas venham à rua e achem o que vêem agradável".

O mercado existe e está consolidado, também por isso o além-fronteiras está cada vez mais no horizonte da Castros, com um volume de negócios acima dos quatro milhões de euros: "Não digo que somos os melhores, mas estamos na Champions League das iluminações."|

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