Contos fantásticos de Terry Jones com a Metropolitana de Lisboa

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Um feitiço, uma estrada sem destino, pingos vaidosos e dinossauros que se digladiam estão todos presentes nos Contos com Música que a Orquestra Metropolitana de Lisboa leva a partir de hoje ao palco do Teatro São Luiz. Encontro inusitado entre sinfonia e fantasia, as estórias do Violino Cigano (primeira parte) e de três Contos Fantásticos (segunda parte) ganham corpo através da música e da leitura. Um espectáculo com um convidado de luxo: Terry Jones, um dos míticos Monty Phyton (ver caixa).

Estrada Rápida, Três Pingos de Chuva, Tomás e o Dinossauro são as três estórias fantásticas que o realizador, escritor e argumentista britânicoTerry Jones vai estrear em palco. Para as interpretar não está, no entanto, nenhuma companhia teatral. A honra cabe à Metropolitana (dirigida pelo maestro Cesário Costa) que, acompanhada do actor-leitor João Reis, conta-as a crianças e graúdos. Bárbara Guimarães é a apresentadora.

Depois de atravessar uma Estrada Rápida, a menina Papoila descobre um estranho edifício sem interiores, onde bizarras personagens (não) se movem; Três Pingos de Chuva acreditam com todas as forças que são "o melhor pingo do céu", numa luta de orgulhos com consequências inevitáveis; Tomás e o Dinossauro levam os espectadores à época Jurássica. Compostas por Luís Tinoco, as músicas vão dando ritmo a cada um destes contos. No suspense, na alegria e na tristeza, na velocidade e no vazio, diferentes sons adaptam-se à história, alguns dos quais muito peculiares: os músicos fazem barulho com um megafone, atiram latas para o chão, fazem barulhos estranhos com a boca e com os instrumentos. Cesário Costa elogia mesmo os intérpretes da Metropolitana, que diz terem "grande abertura de espírito". Na primeira parte, a estória do Violino Cigano, conto tradicional narrado pelo cantor lírico Luís Rodrigues ao som de uma composição de Pedro Faria Gomes, revela um feitiço musical.

Para a escolha dos textos, Luís Tinoco "queria algo sério mas que fizesse os miúdos sonhar", escolhendo por isso Terry Jones, cujos "contos fantásticos têm muito de musical e visual". Jones gosta do resultado, que pode ser visto até dia 19: "Acho que é a primeira vez que vejo uma orquestra tocar música maravilhosa e ainda fazer rir".

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