"O recrutamento e formação de mão-de-obra moçambicana são um dos pilares da nossa política de conteúdo local", disse Steve Wilson, diretor-geral da Anadarko em Moçambique, citado no comunicado..A maior parte dos trabalhadores está baseada no local do projeto, na Península de Afungi, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, e uma outra parte nas instalações da multinacional em Maputo, sul do país. .O objetivo da multinacional, segundo Steve Wilson, é garantir o desenvolvimento de competências na mão-de-obra moçambicana, como forma de permitir que os trabalhadores tenham experiência necessária para continuar na área mesmo após o fim do projeto. ."A aquisição local de bens e serviços moçambicanos é também outro pilar da nossa política de conteúdo local, pois para além de substituir importações de alto custo, pode ser um importante catalisador para facilitar a criação de emprego para os moçambicanos e para o crescimento económico do país", observou aquele responsável..A companhia lidera o consórcio de desenvolvimento da Área 1 da bacia do Rovuma e que nos últimos meses tem anunciado estar a fechar contratos de venda, já com preço estabelecido, para o gás que vai produzir em Moçambique..Ao mesmo tempo, está a avançar com diversas obras de construção civil de modo a ter infraestruturas prontas quando a decisão final for tomada. .Uma das maiores jazidas de gás natural do mundo foi encontrada nas profundezas da crosta terrestre, sob o fundo do mar, 40 quilómetros ao largo da província de Cabo Delgado, extremo norte de Moçambique - na fronteira com a Tanzânia..Depois de extraído, através de perfurações, o gás será encaminhado por tubagens para a zona industrial a construir em terra, na península de Afungi, onde será transformado em líquido e conduzido para navios cargueiros com contentores especiais para exportação..O plano prevê duas linhas de liquefação, instaladas em terra, e com capacidade de produção total de 12 milhões de toneladas por ano de GNL..O investimento deve implicar, nesta fase, uma operação de financiamento num valor global de 12 mil milhões de dólares..O consórcio que explora a Área 1 é constituído pela norte-americana Anadarko (26,5%), a japonesa Mitsui (20%), a indiana ONGC (16%), a petrolífera estatal moçambicana ENH (15%), cabendo participações menores a outras duas companhias indianas, Oil India Limited (4%) e Bharat Petro Resources (10%), e à tailandesa PTTEP (8,5%).