Conselho de Estado. Esquerda elege três membros, direita dois
Foi uma votação daquelas que toda a gente sabia como iria terminar. O Parlamento elegeu esta sexta-feira os seus cinco representantes no Conselho de Estado, tendo o resultado refletido a nova relação de forças no hemiciclo. A esquerda vai passar a ter três elementos no órgão de consulta do Presidente da República, ao passo que a direita terá dois assentos.
Os resultados foram apurados com base no método de Hondt e ditaram que Carlos César (PS), Francisco Louçã (BE) e Domingos Abrantes (PCP) vão passar a figurar entre o rol de 19 conselheiros, tal como Francisco Pinto Balsemão (PSD) e Adriano Moreira (CDS), estes últimos eleitos pela lista conjunta PSD-CDS.
Na votação, que decorreu na sala D. Maria II da Assembleia da República, a lista B (de esquerda) registou 116 votos contra os 104 (de direita). Verificaram-se cinco votos brancos e um nulo.
Dos cinco eleitos, só Balsemão, ex-primeiro-ministro e militante número um dos sociais-democratas repete a presença no Conselho de Estado, enquanto os restantes constituem estreias absolutas.
A lista de esquerda incluía ainda a eurodeputada do PS e antiga ministra Maria João Rodrigues e a ex-deputada socialista Ana Maria Bettencourt.
À direita, PSD e CDS colocaram ainda na lista o até há poucos dias ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, o histórico autarca de Viseu Fernando Ruas e a também ex-ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz, além de cinco suplentes: Nuno Melo, Teresa Morais, Pedro Reis, Diogo Feio e José Matos Rosa.
O Conselho de Estado é também composto pelo Presidente da República (que o preside), o primeiro-ministro, o presidente do Tribunal Constitucional, o Provedor de Justiça, os presidentes dos governos regionais dos Açores e da Madeira, os antigos presidentes da República e cinco cidadãos designados pelo Chefe do Estado, pelo período correspondente à duração do seu mandato.