Confrontos entre forças de segurança e golpistas no centro da Turquia

Sete militares foram detidos nesta operação, segundo agência pró-regime
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Forças de segurança turcas e soldados golpistas envolveram-se hoje em confrontos numa base aérea no centro da Turquia, durante uma operação policial, relatou um responsável militar.

"Há confrontos na base aérea de Konya entre as forças de segurança e os golpistas, que resistem à detenção", disse um responsável à agência France Presse, sob anonimato.

A agência de notícias Anadolu, pró-governo turco, relatou, entretanto, que a operação estava terminada, acrescentando que sete militares foram detidos.

Ao todo, setenta generais e almirantes foram detidos em todo o país, depois da ofensiva das autoridades sobre os suspeitos de participarem na tentativa de golpe de Estado, na sexta-feira passada.

O oficial turco também confirmou um incidente no aeroporto Sabiha Gokcen, em Istambul, onde a polícia lançou tiros de aviso contra golpistas que estavam a resistir à detenção. Os homens acabaram por se render.

O ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, disse hoje que cerca de 6.000 pessoas foram detidas em "operações de limpeza" e antecipou que o número deverá subir.

Entre os detidos encontram-se comandantes das Forças Armadas, juízes, procuradores e o adjunto militar do Presidente turco, Ali Yazici, que estava a trabalhar com Recep Erdogan desde agosto passado, relatou a Anadolu.

O Presidente turco tem responsabilizado os apoiantes do seu arqui-inimigo pelo golpe.

Fehtullah Gulen, exilado nos Estados Unidos, lidera um movimento, Hizmet, que tem tido uma forte influência sobre a sociedade turca, incluindo a imprensa, polícia e justiça.

A Turquia foi alvo de uma tentativa de golpe de Estado na sexta-feira à noite, mas o presidente, Recep Erdogan, e Governo recuperaram o controlo do país no sábado.

O último balanço do governo turco aponta para 290 mortos entre revoltosos (100) e civis e forças leais a Erdogan (190), mais de 1.400 feridos e cerca de 6.000 pessoas detidos, entre eles cerca de 2.900 militares.

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