Condenado da Noite Branca absolvido em Esposende

Um dos condenados nos processos "Noite Branca", relacionados com a espiral violenta de 2007 no Porto, foi hoje absolvido pelo tribunal de Esposende, onde chegou acusado por agressões no interior de uma discoteca.
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Trata-se de Mauro Santos, que foi condenado pelas Varas Criminais do Porto em processos separados, pelo envolvimento no homicídio do segurança Ilídio Correia e por tráfico de droga, respetivamente a 21 anos e cinco anos e três meses de cadeia.

No caso de Esposende estavam em causa agressões consumadas, cerca das 07:30 de 06 de agosto de 2006, no interior da discoteca "Pacha", de Ofir, Esposende.

A acusação afirmava que, além de Mauro Santos, estiveram envolvidos nos incidentes os coarguidos Miguel Soares, Tiago Torres e Luís Nunes, todos acusados de ofensas à integridade física qualificada, mas só este último acabou condenado, por pontapear um militar da GNR.

Foi condenado a 150 dias de multa, à taxa diária de seis euros, totalizando um pagamento de 900 euros, com o tribunal a justificar a agressão com o objetivo de "impedir" que os militares conseguissem deter um dos colegas que se encontrava na discoteca.

"O que logrou conseguir", afirmou hoje o juiz, na leitura da sentença.

No caso de Mauro Santos, o Ministério Público diz que desferiu vários murros e pontapés ao ofendido Diamantino Pinto, com os cinco indivíduos não identificados, acabando por o atingir com uma garrafa na cabeça.

Contudo, os três restantes arguidos foram absolvidos por falta de provas.

Este foi um dos casos mais violentos registados na noite do Norte, em que mais de 50 pessoas se envolveram em agressões generalizadas no interior daquela conhecida discoteca de Esposende, além de 30 seguranças e mais de uma dezena de militares da GNR.

Na altura estariam no interior da discoteca entre 5.000 a 8.000 pessoas.

Mauro Santos, tido como segunda figura do grupo de seguranças da Ribeira, que se envolveu na espiral violenta de 2007 na noite do Porto, foi condenado em 11 de agosto de 2009 a cinco anos e três meses de prisão efetiva num caso relacionado com tráfico de droga.

Já em 19 de janeiro de 2010, foi condenado a 21 anos de cadeia por coautoria do homicídio do segurança Ilídio Correia e crimes correlacionados, num veredicto que a Relação do Porto confirmou em 02 de dezembro seguinte.

Um ano depois, em 16 de dezembro de 2011, foi ilibado, tal como outros cinco arguidos, da acusação de alegada coautoria no homicídio do empresário da noite Aurélio Palha.

Mauro Santos tem estado em reclusão desde dezembro de 2007.

Antes de cumprir prisão efetiva, esteve detido preventivamente na sequência da operação policial "Noite Branca", relacionada com os crimes associados à noite do Porto.

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