A comunidade comoriana em França - só em Marselha vivem 80 mil, tantos quantos os habitantes da capital das Comores - tem vindo a criticar as condições dos voos de ligação entre os dois países, exigindo viagens a preços razoáveis asseguradas pela Air France. .Paris está também a ser criticada devido à sua atitude desde o acidente com o Airbus A310 da Yemenia, que levava 153 pessoas a bordo (apenas uma sobreviveu). Os imigrantes dizem que essa atitude foi muito diferente após a queda do Airbus da Air France na rota entre Rio de Janeiro e Paris. .As autoridades francesas indicaram que o avião acidentado junto às Comores tinha sido impedido de voar para França porque tinham sido detectados problemas. Entre Paris e o Iémen o voo era por isso feito num aparelho mais moderno, que cumpre as normas europeias. "Várias vezes tentámos marcar encontros com os responsáveis franceses. Nunca nos responderam e agora vêm dizer que conheciam os problemas. É revoltante", disse à AFP Bacar Silihi, de origem comoriana. .Nas Comores o Governo decretou 30 dias de luto nacional, enquanto prosseguem as buscas pelos destroços e pelos corpos.