É um compromisso curioso, com pormenores interessantes e outros nem tanto. Mas resulta o apelo à diferença do Citroën DS4, assente nas formas de um coupé de quatro portas que fazem também lembrar a imagem de SUV, por via de uma maior altura e superior distância ao solo. O mais recente dos modelos das séries exclusivistas do emblema francês é um daqueles automóveis que liga bem com todos quantos para quem o menos convencional serve de regra. Apimentado quanto baste no estilo, é desportivo, agressivo e mantém o toque de charme do automóvel made in France... Não surpreendem, por isso, os prémios como aquele atribuído através da internet que o considera o mais bonito do ano!A solução do falso coupé é conseguida através de um artifício já comum, a dissimulação do fecho das portas traseiras na moldura do vidro, baixo e comprido ao ponto de influenciar as formas da própria porta e, eventualmente, ser a razão para um dos pormenores mais controversos do DS4: os vidros traseiros não abrem, nem em compasso, a exemplo do que se tornou comum em modelos de três portas e em alguns coupés. Deve ser, com certeza, uma das ideias mais difíceis de fazer passar para o cliente.O acesso aos lugares traseiros não é tão fácil como no C4, a maior altura do carro (6 cm) não se faz sentir na habitabilidade, mas o mesmo já não pode dizer-se do espaço para as pernas, apesar de o DS ser mais curto (6 cm), generoso o suficiente e beneficiado igualmente pelo ganho na largura (2 cm). Conforto não falta para quem se sentar atrás. A bagageira também não ganhou com a mudança face ao C4: 370 litros de capacidade em vez de 410 e uma plataforma de acesso relativamente alta são os aspectos a ter em conta para quem gosta de comparações.Basicamente igual ao do C4, o habitáculo pode distinguir-se apenas pelo símbolo no centro do volante (o painel de instrumentos é o mesmo) e mais meia dúzia de pormenores, mas é possível contar com um tablier requintado, forrado a cabedal impecavelmente pespontado. É a forma de marcar a diferença e viver na perfeição o estilo DS, mas também, aparentemente, luxo pouco adequado ao momento, já que tem de se fazer pagar o perfume da pele e o mais que se associa a uma imagem topo de gama. Mas lá bonito, e muito, é - disso não restam dúvidas.Para dar expressão dinâmica à imagem desportiva, a Citroën dotou o DS4 de uma suspensão mais trabalhada. As molas ganharam rigidez (+10%), as barras estabilizadoras aumentaram em espessura (+25%) e a direcção é menos assistida e mais directa. Na prática, com mais três centímetros de altura do que o C4, este DS não acusa a diferença quando se lhe «mede» a firmeza em curva, resiste sem dificuldade às transferências de massas nas estradas sinuosas e deixa a ideia de ser mais desportivo, e tudo isto sem que possa dizer-se que o tradicional conforto de uma suspensão Citroën sai maculado. Um compromisso bem conseguido, desfrutável mesmo quando se opta por uma posição de condução mais elevada, para fazer jus à aproximação ao estilo do SUV...As impressões resultam do contacto com a motorização 2.0 HDI já na versão de 163 cv, gerida por uma caixa de seis velocidades manual. As prestações não são esmagadoras, 9,3 segundos de 0 a 100 e 212 km/h em velocidade de ponta, mas o binário (340 às 2000 rpm) contribui para uma condução muito agradável, devido a uma simpática disponibilidade do motor. Os consumos anunciados passam por uma média de 4,9 litros aos 100, com 6,5 no percurso urbano e 4 na estrada. Quanto a emissões: 127 g/km de CO2.O DS4, com níveis de equipamento obviamente superiores, chega na segunda quinzena de Junho com seis motorizações: três a diesel - HDI de 90, 110 (incluindo e-HDI), 150 cv e 160 cv; quatro a gasolina: 1.4 de 95 cv; 1.6 de 120 e THP de 155 e 200 cv.O aumento de preço para o C4 andará entre 1400 e 1850 euros, consoante os motores, o que significa preços na gama entre os 28 mil e os 37 mil euros.NOTÍCIAS DO MUNDO DO MOTORTerceira geração do Opel ZafiraUm enorme salto em frente em todos os domínios é o que a Opel promete com o novo Zafira, o monovolume da família Astra cuja terceira geração será apresentada em Setembro, no Salão de Frankfurt. Uma das novidades diz respeito ao sistema de bancos Flex7 que foi substancialmente alterado. Enquanto toda a terceira fila continua a poder ser rebatida até ao nível do piso do compartimento de carga, a segunda fila foi completamente redesenhada: deixa de ser constituída por um banco único, passando a apresentar três bancos individuais separados, que podem ser rebatidos e deslocados independentemente entre si. Cada um destes bancos desliza no sentido longitudinal até 210 milímetros. Além disso, os passageiros da segunda fila beneficiam de um sistema exclusivo que a Opel designa de lounge seating, o qual proporciona um nível generoso de espaço e o conforto idêntico ao de uma limusina. As costas do banco central da segunda fila podem ainda ser rebatidas e viradas para criar apoios de braços confortáveis para os passageiros dos bancos laterais.TDI de 90 cv no Audi A1A motorização 1.9 TDI de 90 cv é a mais recente opção do Audi A1 no mercado nacional, onde está disponível com preços que vão de 21 080 euros até 25 635 euros. A proposta contempla dois níveis de equipamento, Advance e Sport, ambos dotados de uma caixa manual de cinco velocidades ou, em opção, com a transmissão S tronic de sete velocidades, com escalonamento desportivo (a partir de 23 685 euros). Nesta versão de 90 cv, o motor 1.6 TDI desenvolve um binário máximo de 230 Nm constante entre as 1500 e as 2500 rpm. Em combinação com a caixa manual de cinco velocidades, acelera dos 0-100 km/h em 11,4 segundos. A velocidade máxima é de 182 km/h e o consumo médio de 3,8 litros aos 100 km. As emissões equivalem a 99 g/km de CO2. Um sistema start&stop (desligável) é equipamento de série.Amarok faz volta ao mundoO atleta de alta competição Joachim Franz prossegue a sua luta contra a sida e, no décimo ano da World AIDS Awareness Expedition (WAAE), está a utilizar cinco Volkswagen Amarok especialmente preparadas para o «Move the World Tour». Este ano, a equipa marca um W gigante no mapa-mundo: a expedição começou na primeira quinzena de Abril, em Vancouver, no Canadá, atravessou de norte a sul todo o continente americano, e chegou à Europa pelo porto de Barcelona. Após passagem por Portugal, partiu em direcção à África do Sul, subiu até ao Egipto, rumou a norte em direcção a Rússia e China, e acabará o percurso na Austrália. A aventura atravessa cinquenta países em 100 dias.