China liberta 30 deficientes escravizados em fornos
De acordo com o El País, que cita a imprensa chinesa, as vítimas eram agredidas regularmente com chicotes e tijolos e várias trabalhavam há sete anos sem lhes ter sido pago um tostão. O grau de deficiência de algumas vítimas surpreendeu as autoridades, que actuaram devido a uma denúncia: a polícia resgatou cegos, surdos e trabalhadores com problemas mentais de tal modo graves que não conseguiram dizer a sua identidade. "Alguns nem sequer podem dizer uma frase inteira. Não actuam como pessoas normais", explicou um dirigente estatal da localidade de Zhumadian, onde foram resgatados 17 escravos. Cinco foram encontrados em Dengfeng, em situações semelhantes.
Segundo explicou um canal de televisão de Zhengzhou, capital da província de Henan, os trabalhadores foram sequestrados ou enganados em ruas e estações ferroviárias. Eram desviados das localidades onde viviam e eram vendidos aos chefes das fábricas por valores entre 33 e 55 euros. Foram detidas oito pessoas, incluindo algumas que enganavam ou raptavam a mão de obra escrava. Entre os detidos encontra-se um rapaz de 14 anos, capataz numa fábrica, acusado de açoitar os trabalhadores.