Centro Hospitalar do Oeste contrata três oncologistas paraTorres Vedras

Torres Vedras, Lisboa, 09 mar (Lusa)- Três oncologistas vão iniciar funções a tempo parcial no Hospital de Dia de Torres Vedras que, por não ter especialistas, estava a reencaminhar doentes para o Instituto Português de Oncologia (IPO), anunciou hoje o Centro Hospitalar do Oeste (CHO).
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O diretor clínico do CHO, António Curado, disse à agência Lusa que "estão contratadas três médicas oncologistas", sendo que duas iniciam hoje funções e uma terceira na próxima semana no Hospital de Dia de Torres Vedras, no distrito de Lisboa.

Em regime de prestação de serviços, as três especialistas vão assegurar 20 horas por semana, "as mesmas que fazia a médica" que deixou de prestar serviço na instituição em dezembro de 2017, deixando o Hospital de Dia de Torres Vedras sem médicos oncologistas.

Com as três contratações a tempo parcial, "haverá eventualmente doentes que vão regressar, porque continuam [em Torres Vedras] a fazer os tratamentos", admitiu o diretor clínico, adiantando que entre 30 a 40 doentes foram reencaminhados para o IPO durante o período em que Torres Vedras esteve sem estes especialistas.

Em Torres Vedras, os oncologistas asseguram as primeiras consultas, são responsáveis pela prescrição da terapêutica e acompanham os tratamentos.

No concurso nacional para médicos especialistas, o CHO foi contemplado com 25 vagas em diversas especialidades, das quais duas para a contratação de dois oncologistas para o quadro da instituição.

"São as provas de que nunca houve vontade de encerrar o Hospital de Dia em Torres Vedras", garantiu.

Apesar de não haver médicos oncologistas desde dezembro até hoje, a instituição continuou a efetuar os tratamentos.

Em janeiro, vários utentes ou respetivos familiares queixaram-se que estavam sem consultas pela falta de oncologistas, temeram que o serviço fosse encerrado que fossem reencaminhados para Lisboa definitivamente.

Em maio de 2017, a Autoridade Nacional do Medicamento - Infarmed suspendeu a preparação dos tratamentos no hospital de Torres Vedras, por não estarem "garantidos os requisitos técnicos".

Face ao problema, a medicação para os doentes oncológicos dos hospitais de Torres Vedras e de Caldas da Rainha está, desde essa altura, a ser preparada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais de Torres Vedras, Caldas da Rainha e de Peniche e serve cerca de 300 mil habitantes daqueles três concelhos, Óbidos, Bombarral, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro).

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