Após o apito final do Benfica - Nacional, que terminou com os 'encarnados' a festejar o tricampeonato, a rotunda da Boavista, no Porto, foi-se compondo de adeptos a fazer a festa..Em frente à Casa da Música cerca de quatro centenas de adeptos benfiquistas não conseguiram esconder a alegria da conquista de mais um título e não se inibiram em festejar nas ruas do Porto, com bandeiras, cachecóis e muitas palavras de incentivo..Ainda assim, a Avenida dos Aliados, terreno de festas do clube rival do norte, o FC Porto, manteve-se vazia e serena..Ao som das buzinas dos automóveis que, volta após volta, entravam no espírito da festa benfiquista que, junto à Casa da Música, ganhava um colorido diferente, ao sabor do champanhe e da cerveja..E foi justamente com uma garrafa de champanhe na mão e uma 'flute' para beber com estilo, que Domingos Moreira explicou à agência Lusa que este campeonato foi vivido de forma muito tranquila e serena.."Para mim, não foi um campeonato sofrido. Desde o princípio que pensava que o Benfica poderia ser campeão. Hoje não estava nada nervoso", começou por dizer o adepto que se mostrou feliz pela troca de treinadores no Benfica no início da época.."Este campeonato tem um sabor mais especial por causa do treinador do Sporting. O Rui Vitória é superior", disse ainda Domingos Moreira que se mostrou confiante que a alegria se mantenha no próximo ano: "Foram 39 anos à espera do tricampeonato mas para o ano estamos lá outra vez"..Já Nuno Borges, de 39 anos, preferiu deixar um recado a Jorge Jesus: "O treinador do Sporting não sei, mas eu prefiro um Lamborghini, não gosto muito de Ferraris", em alusão a declarações do técnico, no início do ano que, a falar de Rui Vitória, disse que para conduzir um Ferrari, falando do Benfica, é preciso ter andamento para ele..A festa, para todas as idades, não passou ao lado dos mais novos que, mesmo não tendo consciência do feito benfiquista, festejam-no à altura, como foi o caso de Lara que, com três anos, é campeã desde a nascença..André Silva deveria estar a trabalhar, mas o momento foi mais forte e, num impulso, foi buscar o filho, de 4 anos, a casa e veio para a rua festejar.."Eu devia estar a trabalhar, mas tinha que vir aqui festejar. Foi uma conquista muito sofrida mas justa", disse..Raquel Mendes, de cachecol ao peito com orgulho, acredita que festejar o primeiro "tri" da sua vida no Porto é verdadeiramente especial, ainda mais "quando ninguém acreditava que este ano fosse possível"..A festa promete durar pela noite dentro, sem excessos, até porque uma forte presença da polícia impede que o entusiasmo passe das medidas.