O objetivo é conseguir informar os investigadores, estudantes de arquitetura, autores, entre outros agentes ligados à área, das características das obras arquivadas e do sítio onde estão, sejam coleções de municípios, faculdades, fundações ou mesmo acervos individuais.."Será uma plataforma conjunta que agregará espólios. Isto surge da ambição de trabalharmos em conjunto e não como se as diversas estrituras fossem quintais. Pretendemos divulgar, operacionalizar o que existe em Portugal", disse a diretora-geral do Património Cultural, Paula Silva, após ter assinado esta tarde um protocolo em Matosinhos, no distrito do Porto..A plataforma será 'online' e gratuita e é expectativa dos responsáveis que esteja a funcionar no final do próximo ano e soma-se a outros aspetos de um protocolo, como a formação e apoio que a DGPC dará à Casa da Arquitetura para que os profissionais desta nova estrutura arquivem o material de forma igual à que é feita por quem trabalha no Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) que funciona no Forte de Sacavém..A iniciativa de criar este protocolo e colaboração foi do diretor-executivo da Casa da Arquitetura, Nuno Sampaio, que à Lusa explicou a importância de "chamar as peças pelo mesmo nome, saber arquivar da mesma forma, seguir um método que torne o processo uniforme e coerente".."O SIPA é um sistema de informação e documentação sobre património arquitetónico, urbanístico e paisagístico português e de origem ou de matriz portuguesas, cujas atribuições e competências foram transferidas para a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) por força da aplicação do Decreto-Lei nº 102/2015, de 5 de junho", é descrito no protocolo..A terceira vertente da parceria hoje firmada traduz-se no empréstimo de material para realizar exposições, sendo que Nuno Sampaio apontou que a Casa da Arquitetura será o único espaço em Portugal com capacidade para arquivo e área de exposição..Em causa está um espaço totalmente reabilitado, com vários pavilhões e edifícios, localizado no centro do concelho, que antes acolhia a Real Vinícola mas que permaneceu sem uso ao longo de décadas, tendo ficado devoluto..O nascimento da Casa da Arquitetura neste espaço foi um dos aspetos destacadas na cerimónia pela presidente da câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, que valorizou "a devolução de algo emblemático à comunidade".