Caixa paga reformas a presidentes de bancos rivais

Os presidentes do Santander Totta, do Montepio Geral e do BIC Portugal recebem parte ou a totalidade da sua reforma do fundo de pensões do grupo estatal, apesar de liderarem bancos concorrentes.
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O "Público" escreve hoje que "o fundo de pensões da instituição liderada por José Matos paga, total ou parcialmente, reformas a três presidentes executivos de bancos a operar em Portugal em concorrência com o grupo estatal: António Vieira Monteiro, do Santander Totta, Tomás Correia, do Montepio Geral e Mira Amaral, do BIC Portugal. O presidente do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG), Pedro Rebelo de Sousa, desvaloriza a situação: "Se não é a instituição (CGD) a pagar" diretamente, "então não vejo conflitualidade, até porque o direito à reforma é um direito adquirido". Estes três gestores recebem as suas pensões através da Caixa Geral de Aposentações (CGA), mas há uma parcela que é suportada pelo fundo dos trabalhadores do grupo público".

Segundo o jornal, "depois dos cortes aplicados à função pública, as reformas mensais dos atuais presidentes do Santander Totta, do Montepio Geral e do BIC Portugal que, em 2006, oscilavam entre 16.400 euros e 13 mil euros, passaram a situar-se à volta dos 10 mil euros brutos. A presença dos três ex-gestores, reformados em bancos rivais da Caixa não é ilegítima: os trÊs descontaram para o sistema de previdência social e a lei consagra-lhes o direito a poderem trabalhar depois de se reformarem".

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