Born. Se um nome pode ter vários significados, no caso da Cupra, este "apelido" marcará para sempre o nascimento da marca espanhola para o mundo dos modelos 100% elétricos..A apresentação teve lugar em Barcelona. E uma das grandes questões que pairava no ar, antes de os jornalistas testarem, pela primeira vez, o Born nas agitadas artérias catalãs, era bastante simples: quais as diferenças para com o seu gémeo ID.3, com quem partilha o ADN do Grupo Volkswagen?.A resposta também não é complexa. Ambos os modelos partem de uma plataforma comum (MEB) e têm evidentes semelhanças físicas, uma vez que vários componentes são idênticos. Mas um e outro têm naturezas distintas. O Born procura "radicalizar" as suas linhas, vincando a postura mais desportiva com que a marca ganhou autonomia no mercado, em 2018. Uma postura que terá de ser transferida dos modelos a combustão interna para os 100% elétricos..A frente é onde esta expressão mais desportiva se evidencia. Basta ver o enorme logótipo da Cupra no capot. Depois, também o formato dos faróis, com a nova assinatura "elétrica" da marca, para-choques e dimensão das jantes diferem. Tudo para dar um ar mais dinâmico e "feroz" ao Born. Na traseira, os farolins encontram-se "presos" a um feixe luminoso a toda a largura, conta com um spoiler acima do vidro traseiro e com um extrator..No habitáculo, apenas o volante tem identidade própria. Dispõe de dois grandes botões com os modos de condução. Enquanto no esquerdo é possível acionar modos como o Range, Comfort, Performance, Cupra e Individual, já o botão direito é uma espécie de shortcut para o modo Cupra, que apimenta um pouco mais a condução..A configuração dos bancos é de 2+3 e existem vários detalhes específicos da marca, caso dos apontamentos em cobre e dos acabamentos em imitação de pele, com costuras da mesma cor, num conjunto que consegue combinar elegância com uma estética dinâmica..O Cupra Born estará disponível com três baterias (45 kW, 58 kW ou 77 kWh) e contará com outros tantos níveis de potência: 110 kW (150 cv), 150 kW (204 cv) e, a partir de 2022 com o pack de performance e-Boost, 170 kW (231 cv). O binário máximo, esse, fixa-se sempre nos 310 Nm..A versão menos potente, com 110 kW (150 cv), surge associada (apenas) à bateria de 45 kWh, o que corresponde a uma autonomia, aproximada, de 340 km. A aceleração dos 0 aos 100 km/h é de 8,9 segundos..No caso da variante de 150 kW (204 cv), a bateria é de 58 kWh e pode alcançar uma autonomia de 420 km, cumprindo o arranque dos 0 aos 100 km/h em 7,3 segundos..Por sua vez, as variantes com o pack de performance e-Boost, de 170 kW (231 cv), podem acolher baterias de 58 kWh ou 77 kWh. No primeiro, a autonomia é de.420 km e o arranque dos 0 aos 100 km/h faz-se em 6,6 segundos. No segundo, a autonomia aumenta para 540 km e o arranque dos 0 aos 100 km/h demora 7,0 segundos..Os carregamentos da bateria de 77 kWh, num carregador de 125 kW, são um trunfo do Cupra Born, conseguindo repor 100 km de autonomia em sete segundos e 80% da carga em, aproximadamente, 35 minutos..Com o Born, a Cupra pretende ligar as vendas à eletricidade, duplicando-as. Um objetivo que obrigou a marca a uma política de preços competitiva: 38.000 euros é, para já, o único preço conhecido para este modelo.