Boom turístico abre guerra de rotas nas companhias aéreas
Portugal está na moda e, com o número de turistas a bater recordes históricos, as companhias aéreas que operam em Portugal têm já asseguradas mais de 20 novas rotas e o reforço de frequências em alguns destinos, agora que o verão já está à porta. Não avançam números, mas todas, sem exceção, preveem um aumento no número de passageiros.
A TAP, cuja rede integra 84 destinos em 34 países, espera crescer neste ano 7% no número total de passageiros transportados. É mais um milhão do que os 14,2 milhões registados em 2017. A transportadora portuguesa vai lançar agora novas rotas em Lisboa e no Porto, e reforçar algumas frequências na época de férias, nomeadamente nas operações de longo curso.
A Ryanair prevê transportar neste ano 11 milhões de passageiros de/e para Portugal, um crescimento de 6%. Neste verão, a companhia irlandesa terá em operação 121 rotas de/e para Portugal.
[HTML:html|Avioes.html|640|505]
A concorrente britânica Easyjet avança que "aproximadamente 56% das reservas esperadas para o segundo trimestre foram garantidas, um pouco acima do ano anterior", excluindo as operações da Air Berlim, que adquiriu após a falência no ano passado da transportadora alemã. E prevê "aumento de receita por assento, para o segundo trimestre", refletindo "bom desempenho subjacente das receitas, o abrandamento do crescimento da capacidade do mercado, bem como o benefício parcial do cronograma da Páscoa".
A Lufthansa está também otimista. O exercício de "2018 começou com muita força, a capacidade adicional está a ser reservada de modo idêntico e as reservas estão acima dos níveis esperados". Neste verão, a companhia aérea alemã reforça a frequência Lisboa-Frankfurt e incrementa a capacidade em 19,2%. A subsidiária Swiss mantém inalterada a operação, mas aumenta a capacidade em 18,8% devido à utilização de aviões maiores.
A Transavia, low-cost do grupo Air France KLM, decidiu apostar no aumento da sua oferta para 2,9 milhões de lugares, mais 11% do que no ano anterior. "Portugal continua a ser uma história de sucesso" para a companhia, destacando-se por ser um mercado "bastante dinâmico e estratégico", e um dos de "rápido crescimento em toda a rede europeia", diz Hervé Kozar, diretor comercial da companhia aérea. A Transavia tem reforçado as frequências nas rotas mais procuradas e, ainda no mês passado, abriu o destino Lisboa-Roterdão.
A Air France KLM, que também opera em Portugal com a marca Joon, adianta que as expectativas para este verão em Portugal são "bastante altas", com as reservas para o primeiro trimestre do verão IATA (de 25 de março a 28 de outubro) a refletirem uma "boa performance". Escusou-se a divulgar o programa de verão, adiantando apenas que arrancará nesta primavera com a rota Ponta Delgada--Nova Iorque, através da parceria com a Delta Air Lines.
Ao todo, neste verão, o país terá em operação pelo menos mais 23 novas rotas espalhadas pelos cinco principais aeroportos: 16 serão uma estreia absoluta e sete operam pela primeira vez neste período estival (arrancaram no inverno).
A Ryanair vai lançar neste verão nove rotas para Portugal. Lisboa vai contar com quatro novos destinos, já abertos no inverno - Bruxelas, Baden Baden, Frankfurt e Cracóvia, passando a ter uma oferta de 28 destinos a partir do aeroporto da Portela. No Porto, onde tem maior presença, a companhia de baixo custo irlandesa vai inaugurar rotas para Manchester e Malta, além de Frankfurt e Nápoles, que se iniciaram no inverno. Manchester é também um destino que será adicionado à oferta a partir de Ponta Delgada a partir de junho.
A TAP prepara o lançamento das rotas Florença e Nouakchott (Mauritânia) a partir de Lisboa. Já no Porto, a transportadora aérea nacional começa a voar a partir de 25 deste mês para Milão, Barcelona e Ponta Delgada. Em junho, altura em que se inicia a época alta das férias de verão, a TAP irá reforçar as linhas de longo curso para São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, no Brasil, e Toronto, no Canadá.
A Easyjet alargará neste verão a sua operação com mais seis novas rotas, duas a partir do Porto (Ibiza e Zurique) e quatro a partir de Faro (Bordéus, Milão, Nápoles e Berlim).
São boas notícias para os aeroportos nacionais, que no ano passado bateram já um recorde de mais de 50 milhões de passageiros.