Bento XVI nunca esteve filiado na Juventude Hitleriana

O porta-voz do Vaticano negou em Jerusalém que o Papa Bento XVI tivesse estado alguma vez filiado na Juventude Hitleriana, respondendo assim a notícias veiculadas nos media israelitas e internacionais, que coincidem com a deslocação do Santo Padre ao Médio Oriente.
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O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, admitiu que Joseph Ratzinger, que frequentava já o seminário no último ano da II Guerra Mundial, “serviu contra a sua vontade numa unidade de defesa antiaérea”, mas “nunca pertenceu a esse movimento”, isto é, as juventudes do partido nazi.

Como “consta da sua biografia”, referiu Lombardi, “nunca esteve nesse movimento de juventude ideologicamente ligada ao nazismo”.

O envolvimento do Papa com os nazis no poder na Alemanha entre 1933 e 1945 tem  surgido de forma recorrente. Como afirmou o porta-voz do Vaticano, “durante um curto período, o jovem Ratzinger foi detido pelos americanos no final da guerra, sendo depois libertado para voltar ao seminário” .

Segundo informações divulgadas por uma agência católica francesa, a i.media, o futuro papa teria aderido à Juventude Hitleriana em 1941, no dia em que completou 14 anos. Nos ficheiros da organização estava inscrito como “membro obrigado”, estatuto distinto do dos voluntários. Só em 1943, teria sido mobilizado para as unidades de defesa antiaérea.

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