Batalhão Azov volta ao campo de batalha na Ucrânia
Um dos grupos mais temidos da Rússia, o batalhão Azov, está de volta ao campo de batalha, anunciou esta quinta-feira o líder do departamento de planeamento Guarda Nacional ucraniana, Mykola Urshalovych.
Os soldados do regimento, explicou, começaram a realizar missões de combate na área da floresta de Serebryanske, na região de Lugansk.
Já os comandantes do batalhão voltaram à Ucrânia a partir de Istambul a 8 de julho, depois de terem estado presos na Rússia e passado 300 dias na Turquia, no âmbito de uma troca de prisioneiros com a Rússia.
O batalhão nasceu em 2014 como um movimento de resistência contra as forças pró-Rússia na região de Donbass.
Considerado como organização terrorista pelo Supremo Tribunal da Rússia, este esquadrão paramilitar participou ativamente na batalha de Mariupol, embora tenha acabado por cair, apesar das tentativas de resistência nas instalações da siderúrgica de Azovstal.
No início deste ano, o Ministério do Interior da Ucrânia anunciou que o regimento paramilitar se tornou oficialmente uma brigada separada das Forças Armadas Ucranianas.
A presença deste batalhão e a categoria de regimento de reservista concedida pelo Governo de Kiev são controversas devido à origem de muitos dos seus dirigentes, reconhecidos supremacistas brancos, como o próprio líder Andrey Biletski, que serviu na alegada cruzada de Moscovo para desnazificar a Ucrânia.
O tamanho do batalhão foi estimado em cerca de 2500 combatentes em 2017 e cerca de 900 em 2022. A maioria dos membros do regimento são falantes de russo e oriundos de regiões de língua russa da Ucrânia.
O grupo tem sido apresentado por Vladimir Putin como um dos motivos da necessidade de "desnazificação" da Ucrânia, para remover o suposto controlo do país das forças de extrema-direita como o Azov.