Basílio Horta falava aos jornalistas, depois de interrogado se, além da saída de Pedro Nuno Santos, poderão registar-se novos casos de demissão na direção do Grupo Parlamentar do PS.."A permanência nestes lugares é sempre um ato de consciência e eu permanecerei [vice-presidente] enquanto a minha consciência me possibilitar. Quando verificar que não posso estar, não hesitarei em sair, como sempre fiz na minha vida", respondeu o fundador do CDS e deputado independente do PS..Em relação às suas expetativas para a reunião do Grupo Parlamentar do PS, hoje à noite, com a presença do secretário-geral, António José Seguro, o ex-presidente da AICEP disse esperar "que as coisas melhorem e que o partido olhe para os desempregados, para os pobres e olhe para o que está a acontecer em Portugal".."Espero que o PS seja a voz tribunícia e política de quem está a ser sacrificado e prejudicado injustamente", acrescentou..Questionado se o Grupo Parlamentar do PS tem levantado dificuldades à afirmação da estratégia da direção dos socialistas no país, Basílio Horta disse que apenas responde por si.."Em todo o lado tenho lutado [pela afirmação do PS]. Ao longo de 40 anos de vida pública, estou habituado a ser disciplinado, mas a votar de acordo com a minha consciência em matérias em que a consciência é mais importante do que a política. Não abdicarei disso", avisou..Questionado sobre o "alerta" feito pela direção da bancada socialista à deputada independente Isabel Moreira por ter violado a disciplina de voto, Basílio Horta reiterou ter comunicado aos restantes dirigentes do Grupo Parlamentar do PS que "não concordaria com nenhuma sanção"..Já sobre a decisão de Pedro Nuno Santos abandonar a direção do Grupo Parlamentar do PS, Basílio Horta lamentou.."Tenho muita pena, porque a direção do Grupo Parlamentar fica mais pobre com a demissão de Pedro Nuno Santos. Respeito a decisão dele", disse.