Autárquicas: Empresário Marcos Couto é o candidato do PSD à câmara de Angra do Heroísmo

O empresário Marcos Couto foi apresentado hoje como candidato do PSD à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, nos Açores, assumindo como prioridades a agropecuária, o turismo e a natalidade.
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"Vou falar de três temas que não têm sido trabalhados como deve ser pela edilidade e que são essenciais para esta ilha. Refiro-me à agropecuária, ao turismo e à natalidade", salientou, num jantar com apoiantes, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

Para o candidato social-democrata, a situação da agricultura e do setor do leite na ilha Terceira é "dramática", porque existe um monopólio da comercialização do leite, que promove apenas produtos de baixo valor e isso traduz-se em baixos rendimentos para os produtores.

"Pretendo criar todas as bases e trabalhar no sentido de ser alterada esta situação com a instalação de uma nova unidade de transformação na ilha, que permita explorar toda a fileira do leite com produtos de valor acrescentado", adiantou.

Marcos Couto defendeu ainda que a ilha Terceira tem "condições únicas para o desenvolvimento do turismo", sobretudo no turismo de cruzeiros, alegando que tem de ser a autarquia a fazer a promoção turística e "não esperar que outros façam".

Por outro lado, o candidato prometeu implementar um programa de incentivo à natalidade, com apoios que podem ir até 200 euros por mês, durante dois anos e meio, nas freguesias que registem menos nascimentos.

"De 2001 a 2015, o concelho de Angra perdeu 1.100 pessoas, dessas 1.110, 700 são entre os zero e os quatro anos de idade. Este é um inimigo que nós nem damos por ele, completamente silencioso e que nos vai matando mais do que qualquer outro. Dentro de pouco tempo seremos tão pequenos, que seremos irrelevantes", frisou.

Professor de educação física, ex-treinador de basquetebol e empresário na área da agroindústria, Marcos Couto, de 45 anos, candidata-se pela primeira vez às eleições autárquicas, mas já integrou a lista do PSD às eleições legislativas regionais.

O candidato, que se apresentou como "pouco político", assumiu a sua candidatura como um "ato de libertação de uma ilha", alegando que a Terceira tem de ser ativa na defesa da sua diferença.

"Pretende ser uma candidatura que traga desenvolvimento, que traga autonomia, que traga uma voz ativa contra aquilo que é a hegemonia de um poder que só nos prejudicou até agora", salientou.

No jantar em que foram conhecidos também os restantes membros da lista à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, foi apresentado como candidato à Assembleia Municipal Joaquim Ponte, antigo presidente da autarquia e ex-deputado à Assembleia da República.

O candidato disse que a lista encabeçada por Marcos Couto tem a difícil tarefa de "reerguer" o concelho e voltar a dar importância à ilha Terceira no âmbito regional.

"Fazer com que a Terceira volte a ter o peso político que já teve noutra altura e fazer com que a Terceira, no contexto dos Açores, tenha também capacidade de decisão. Não deixar que a nossa terra continue a ser governada de fora", sublinhou.

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