Ativistas manifestam-se no Portugal Air Summit contra novo aeroporto
Mesmo em frente ao palco principal de um dos auditórios, surpreendendo a plateia e oradores, os ativistas do movimento Aterra exibiram um cartaz que dizia "Mais aviões Só a brincar. Jet Fuel Duty Free?".
Ao mesmo tempo começaram a circular pela sala manifestantes vestidas de hospedeiras de bordo que distribuíram pela plateia manifestos, enumerando os seus argumentos e que foram sendo transformados em aviões de papel que voaram por cima das cabeças da assistência.
O protesto foi levado a cabo no início do painel "Powering human capital- contributo das organizações no desenvolvimento económico do país", com a participação de vários intervenientes, entre os quais o presidente do Conselho de Administração da TAP, Miguel Frasquilho.
Em declarações à Lusa, um ativista que apenas aceitou identificar-se pelo primeiro nome, Luís, explicou que o protesto tinha como objetivo defender a "diminuição" do tráfego aéreo e o "cancelamento" da construção do novo aeroporto no Montijo.
"O nosso objetivo é interromper e cancelar estes projetos [novo aeroporto]", disse.
Os manifestantes, que permaneceram poucos minutos do auditório, foram saindo voluntariamente e aos poucos, depois do alerta da moderadora do debate e também das autoridades e organização do evento.
Segundo a página de Internet do movimento consultada pela Lusa, Aterra é um coletivo de indivíduos e grupos em Portugal que defende a redução do tráfego aéreo e uma forma de mobilidade que respeite os limites do planeta, assumindo-se contra a construção de um novo aeroporto no Montijo e o aumento do aeroporto da Portela.