As "provas dadas" de Marcelo na resposta ao reitor

Marcelo foi com a proteção civil ver cheias da autarquia por onde terminou o dia. Respondeu a Sampaio da Nóvoa, dizendo que tem "provas dadas"
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O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa voltou esta tarde a apontar baterias a Samapio da Nóvoa, que o tinha comparado a uma "rifa", numa alusão à instabilidade do adversário. O ex-líder do PSD reagiu dizendo que tinha "provas dadas" e pede que parem os "ataques pessoais" contra si.

Marcelo disse esta tarde em Valpaços que está a "um passo de ser Presidente da República", e de "todos os portugueses", mesmo dos outros candidatos que o "atacaram pessoalmente". E acrescentou: "Por isso é que eu não ataquei ninguém. Já viu bem o absurdo que era eu estar a atacar alguém e daí a 15 dias ter de engolir o que tinha atacado, sendo preciso o concurso de todos em favor de Portugal?".

Na resposta a Sampaio da Nóvoa, Marcelo puxou ainda dos galões de ter garantido a estabilidade quando era líder do PSD no final dos anos 1990. "Quando foi preciso garantir consenso de regime, criar consensos para que António Guterres governasse, criar estabilidade em Portugal, fui eu, como líder da oposição, que fiz o que era preciso para criar essa estabilidade", afirmou o professor universitário. E acrescentou mesmo: "Eu já tenho provas dadas e, portanto, as provas falam por si". Ora, como o fez na altura: "por maioria de razão, vou fazer como Presidente da República."

Ainda na resposta a Nóvoa, Marcelo insistiu que Portugal precisa de um chefe de Estado "que cumpra mais do que uma missão política, uma missão institucional. Não é de partido, de um grupo, de uma fação. Não há um país novo e um país velho. Não é com partidos, com grupos, com fações. Não é que não tenha história, mas tem de ser mesmo o Presidente de todos os portugueses. Não há um tempo novo nem velho".

O "pecado" de Marcelo

Na sessão pública em Mirandela, Marcelo atacou os que criticam o facto de ter sido comentador político. "E aquilo que eu fiz, pasme-se por ser um pecado, que foi ao longo de décadas conviver com as portuguesas e os portugueses criando uma cumplicidade cívico".

Marcelo disse ainda que "dispensam-se vaidades e aquelas alegrias momentâneas na disputa pela disputa", em mais um apelo que não o ataquem pessoalmente.

Marcelo insistiu novamente na campanha dos afetos, dizendo que se estenderá para uma Presidência de afetos. Aos presentes agradeceu a audiência estar composta em "dia de chuva" , pois garante ter sido alcançada "sem qualquer tipo de mobilização", mas apenas como "quem encontra um amigo.".

Um candidato deve, se houver iniciativa dos autarcas, observar o mau tempo. pode observar, deve ver. Não deve dizer nada. Tudo o que dizer é insensato. Eu acompanhei à distância, no litoral. Afeta o concelho. Vamos ver o que se passa na zona ribeirinha. Mas o candidato deve observar, ver e não dizer nada.

Uma visita à chefe de Estado

No final da sessão pública, Marcelo Rebelo de Sousa foi desafiado pelo presidente da câmara municipal de Mirandela, António Branco, a ver os efeitos do mau tempo no caudal do rio. Marcelo prontificou-se a acompanhar o autarca.

Questionado sobre se este seria já um ato à Presidente da República, Marcelo disse que "um candidato deve, se houver iniciativa dos autarcas, observar o mau tempo. Pode observar, ver, mas não deve dizer nada." Isto porque "tudo o que disser é insensato".

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