Animação da Pixar 'WALL-E' estreia-se no topo das bilheteiras

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Cinema. Estados Unidos

Animação da Pixar 'WALL-E' estreia-se no topo das bilheteiras

Novo herói da produtora é um robô solitário na Terra devastada do futuro

Um robô todo criado em computador, que tem como tarefa comprimir lixo, está completamente sozinho na Terra do futuro e é um fã do musical Hello, Dolly!, conquistou os espectadores americanos e trepou ao primeiro lugar das bilheteiras, recolhendo 62,5 milhões de dólares (cerca de 40 milhões de euros) apenas num fim-de-semana.

WALL-E é o seu nome, e é também o título da nova animação digital da Pixar, realizada por Andrew Stanton, que já foi responsável pelo sucesso de À Procura de Nemo. WALL-E chega a 14 de Agosto a Portugal), sendo ainda a nona longa-metragem animada da Pixar consecutiva a atingir o primeiro lugar do top de receitas americano logo na estreia; e igualmente a terceira melhor estreia de sempre da companhia parceira da Walt Disney, junto com Monstros & Companhia, de 2001.

WALL-E destronou do primeiro lugar a comédia Get Smart, com Steve Carell, uma versão para cinema da velha série de televisão Olho Vivo, criada nos anos 60 por Mel Brooks, e que caiu para o terceiro lugar da tabela. Nem Angelina Jolie armada e muito perigosa no filme de acção Procurado (estreia-se em Portugal no próximo dia 10), conseguiu bater WALL-E, ficando-se pela segunda posição.

A história do robôzinho que se movimenta num planeta Terra tornada inabitável pelo lixo e pela poluição data dos anos 90. A personagem de WALL-E é inspirada pela do vagabundo criada por Charlie Chaplin, apresentando-se, como o próprio Andrew Stanton revelou numa entrevista dada recentemente ao The New York Times, como "uma figura cruzada de Buster Keaton e do alienígena de E.T.-O Extraterrestre". Mas como WALL-E tem que ser visto sempre como uma máquina pelos espectadores, Stanton passou o tempo todo a dizer a si mesmo: "Estou a tentar fazer R2D2: O Filme".

O realizador (e também autor do argumento) até chegou a contratar o veterano sound designer Ben Burtt, que criou a "linguagem" de R2D2 na saga Guerra das Estrelas, para que desse personalidade e verosimilhança sonora ao robô da Pixar.

WALL-E, que custou 180 milhões de dólares (114 milhões de euros), é também um filme inovador em relação à produção da Pixar, por ser uma história "triste", que se passa numa paisagem pós-apocalíptica, não se dirige logica e directamente a um público mais novo, e não tem um elenco de animais ou brinquedos falantes.

A fita é, ainda e finalmente, uma história de amor "arrebatadora" entre robôs. Como pergunta Andrew Stanton: "Se acontece noutros filmes, porque não na animação?" |

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