Os dados sobre o balanço da subvenção VIH do Fundo Global 2016-2018, foram apresentados hoje pelo Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) durante um workshop promovido em parceria com o Instituto Nacional de Luta contra Sida (INLS) angolano..Segundo a funcionária do PNUD, entre 1 de Julho de 2016 e 31 de Junho de 2018, o FG disponibilizou 29,9 milhões de dólares para o combate e tratamento ao HIV/SIDA e a maior parte do montante serviu para a compra de antirretrovirais, restando 4,3 milhões de dólares (3,8 milhões de euros)..O desempenho financeiro, gestão de compras de produtos de saúde, metas e resultados e o apoio institucional ao INLS são os pontos constantes do balanço apresentado no encontro, que decorreu, em Luanda, pela coordenadora do projeto PNUD/Fundo Global, Mamisoa Rangers..O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) anunciou hoje que dos cerca de 30 milhões de dólares disponibilizados pelo Fundo Global (FG) para o combate ao VIH/SIDA em Angola, entre 2016 e 2018, o país gastou apenas perto de 25 milhões de dólares..No decurso da aquisição de antirretrovirais, explicou, registaram-se "poupanças na ordem de 4,3 milhões de dólares", justificada pela "redução das metas devido a altas taxas de abandono", cerca de 50%, verificada no país..A "redução dos custos de antirretrovirais de primeira linha, fruto das parcerias entre o PNUD e fabricantes, e a atualização do Protocolo Nacional de Tratamento", em 2016, são apontadas igualmente como ações que originaram a referida poupança..Já o Estado angolano, por intermédio do INLS, sublinhou, gastou 1,7 milhões de dólares na compra de antirretrovirais, 1,6 milhões de dólares com os testes rápidos e 403,1 mil dólares com a aquisição de reagentes de carga viral..As autoridades angolanas anunciaram hoje que das cerca de 310.000 pessoas que vivem com VIH/SIDA no país, apenas 75.000 fazem o tratamento antirretroviral, manifestando-se preocupadas com a "elevada taxa de abandono de cerca de 50%"..Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública de Angola, José Vieira da Cunha, a taxa de prevalência de VIH/SIDA no país é de 2,0%, afirmando que "determinantes sociais e a crise económica impediram os progressos da expansão do diagnóstico e tratamento" da epidemia.