Angola apela Governo da RDC e forças políticas fim imediato de violência

Angola lançou hoje um veemente apelo ao Governo da República Democrática do Congo e a todas forças políticas desse país no sentido de cessarem "imediatamente a violência e a prática de atos de extremismo e de intolerância política".
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A posição, expressa em comunicado a que agência Lusa teve acesso, exorta o Governo congolês a enveredar "pela via do diálogo sério e construtivo, que propicie o retorno da paz e da estabilidade ao país".

O Governo angolano refere que tem acompanhado com atenção e "bastante preocupação" a situação vigente na vizinha RDCongo, país com o qual mantém uma extensa fronteira, face aos atos de violência de extrema gravidade, que aí estão a ocorrer e que "devem merecer repúdio de toda a comunidade internacional".

"Esta situação tem vindo a provocar uma entrada maciça de refugiados em território angolano, exigindo do Governo um esforço suplementar em termos financeiros, logísticos, de segurança e ordem pública, por forma a acudir às necessidades humanitárias mais prementes das pessoas referidas, cujo número não para de aumentar", refere o comunicado.

Para uma solução "a breve trecho do grave problema em curso na RDC", o Governo angolano chama a atenção das organizações regionais e das Nações Unidas, para a "necessidade de se encetarem ações políticas, diplomáticas e outras que se mostrem necessárias e adequadas".

Uma vaga de refugiados da vizinha RDC, que até abril ascendia já as 11.000 pessoas, encontrou segurança em território angolano.

Em causa estão conflitos étnico-políticos no Kasai e Kasai Central, na RDC, que desde meados de 2016, já provocaram, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), um milhão de deslocados, 11.000 dos quais fugiram para Angola, através da província da Lunda Norte.

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