Dezenas de ativistas fecharam esta terça-feira a escola artística António Arroio, em Lisboa, em protesto contra as alterações climáticas no âmbito do movimento "Fim ao Fóssil: Ocupa!"..Os jovens repetiram o protesto também no Liceu Camões e na secundária D. Luísa de Gusmão, porém, a escola António Arroio foi a única a encerrar..Com tambores, gritos e percussão nos caixotes do lixo, ativistas de Lisboa voltaram a chamar à atenção em nome de um futuro "que está em risco", apelando à atuação do Governo. "Precisamos de disrupção para parar a destruição", é o mote desta iniciativa, que continuará em mais escolas e universidades do país..Em reação ao protesto organizado pelos estudantes, o ministro da Educação mostrou-se solidário com a ação, no entanto, demonstrou preocupação no sentido de "garantir que a escola pode funcionar".."Ficando contente por ver os nossos jovens preocupados com as questões climáticas, é nas escolas, no sistema educativo, no sistema básico e secundário, que os jovens mais estão a aprender sobre as questões das alterações climáticas e sobre comportamentos que têm a ver com esta temática. Portanto, fechar escolas é negar o acesso ao conhecimento para uma intervenção mais consciente no futuro", disse João Costa.."As formas de participação democrática são sempre mais interessantes do que o encerramento de serviços públicos", reforçou..Os estudantes ocupam as escolas "pelo fim ao fóssil até 2030" e "pela eletricidade 100% renovável e acessível para todas as famílias até 2025", e prometem continuar até que 1500 pessoas se comprometam a "parar o crime dos combustíveis fósseis na sua fonte", ao participar na ação de resistência civil para bloquear o porto de gás fóssil de Sines no dia 13 de Maio, organizada pela plataforma "Parar o Gás"..A nível internacional, começaram ocupações a várias escolas e universidades convocadas pelo movimento internacional End Fossil: Occupy! em Barcelona, na República Checa, no Reino Unido, e na Alemanha.