Alemanha procura enfermeiros portugueses de cuidados geriátricos e obstetras

Faltam 35 mil profissionais deste setor no país da chanceler Angela Merkel e os anúncios de emprego para enfermeiros obstetras duplicou em 2017.
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A procura de pessoal de enfermagem na Alemanha aumentou quase 50% desde 2017 e sem recursos à mão de obra qualificada de imigrantes o funcionamento do setor da Saúde naquele país estaria fortemente comprometido, segundo uma empresa especializada em contratação, a Employland.

Neste recrutamento de enfermeiros qualificados, os alemães apenas estão a pedir conhecimentos de alemão nível B. E é precisamente o conhecimento da língua um dos maiores entraves à deslocação de enfermeiros para aquele país.

Os portugueses têm continuado a preferir a Inglaterra para se candidatarem a lugares disponíveis. O número de profissionais a saírem de Portugal para trabalhar noutros países atingiu um pico em 2014, com 2850 pedidos à Ordem dos Enfermeiros, mas já em 2012 tinham sido 2814, em 2013 atingiram os 2514 e os 2717 no ano de 2015.

Com o fim do período de crise económica, as saídas têm vindo a decrescer. Nos anos de 2016 e 2017 já não chegaram aos dois mil enfermeiros e este ano são 280 os que pediram para trabalhar no exterior nos primeiros meses do ano.

Até 2030 estima-se que a falta de profissionais qualificados no setor da saúde na Alemanha irá aumentar para um milhão. Destes 165 mil são médicos e 800 mil são profissionais não médicos.

O ano de 2014 representou um pico na emigração de enfermeiros portugueses, mas a tendência manteve até 2016. Nestes anos, segundo a Ordem que os representa, saíram do país para trabalhar no estrangeiro, sobretudo na Inglaterra, mais profissionais do que os formados naqueles anos.

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